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Cotrim de Figueiredo defende independência política do BCE

O cabeça de lista da Iniciativa Liberal ao Parlamento Europa defendeu hoje a independência política do Banco Central Europeu (BCE) alegando que, se não a tiver, é utilizado por políticos para benefício próprio.

Cotrim de Figueiredo defende independência política do BCE
Notícias ao Minuto

13:52 - 06/06/24 por Lusa

Política Eleições Europeias

"Se não houver uma entidade independente de qualquer força partidária a gerir política monetária, sobretudo para controlar a inflação, o que acontece é que a política monetária vai ser utilizada por políticos de serviço para seu efeito próprio e para benefício da eleição seguinte, ou seja, vão deixar a inflação descontrolada", disse João Cotrim de Figueiredo quando questionado sobre o BCE começar a baixar as taxas de juro.

No final de uma visita ao Clube Europeu da Escola Secundária de Gondomar, no distrito do Porto, penúltimo dia de campanha oficial para as eleições europeias de domingo, o primeiro da lista da IL explicou que a "inflação descontrolada é o maior imposto sobre os pobres".

"Quem está preocupado com a erosão do poder de compra das pessoas que tem havido ao longo dos últimos anos e tem tornado a vida muito difícil para muita gente na Europa e não só em Portugal não pode nunca compactuar com a perda de independência do Banco Central Europeu", vincou.

O candidato a eurodeputado frisou que o BCE toma decisões impopulares e difíceis, mas têm de ser técnicas e com um único objetivo que é manter a inflação controlada que é o "imposto mais regressivo e mais injusto para os pobres".

"O que eu nunca gostaria é de ter influência política sobre o Banco Central Europeu", sublinhou.

E, nessa sequência, Cotrim de Figueiredo criticou quem ao longo desta campanha defendeu que o BCE não devia ser tão independente porque significa que "não faz ideia qual é o papel de um Banco Central Europeu".

A taxa Euribor subiu hoje a três e a seis meses e desceu a 12 meses, antes da reunião do Banco Central Europeu (BCE), que deverá reduzir as taxas de juro em 25 pontos base.

Com as alterações de hoje, as Euribor continuaram em valores muito próximos, mas a taxa a três meses, que avançou para 3,755%, manteve-se acima da taxa a seis meses (3,744%) e da taxa a 12 meses (3,684%).

A taxa Euribor a seis meses, que passou a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, avançou hoje para 3,744%, mais 0,006 pontos, depois de ter subido em 18 de outubro para 4,143%, um máximo desde novembro de 2008.

Leia Também: É oficial: Banco Central Europeu anuncia descida das taxas de juro

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