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Tânger desvaloriza sondagens alegando que "são manobras políticas"

O cabeça de lista do Chega às eleições europeias, António Tânger Corrêa, desvalorizou hoje as sondagens, considerando que "valem o que valem" e "são manobras políticas".

Tânger desvaloriza sondagens alegando que "são manobras políticas"
Notícias ao Minuto

16:22 - 06/06/24 por Lusa

Política Europeias

"Na véspera das legislativas, as sondagens davam 14% ao Chega e nós tivemos 18%. Portanto, as sondagens valem o que valem. Não quero ofender quem as faz, mas também não quero aceitar tudo aquilo que me querem dizer, porque obviamente isto são manobras políticas", afirmou, no arranque de uma arruada na Póvoa de Varzim, distrito do Porto.

António Tânger Corrêa afirmou também que "só quem não tem o mínimo de noção é que não sabe que estas sondagens são, obviamente, instrumentos de campanha eleitoral".

O primeiro candidato do Chega ao Parlamento Europeu disse também acreditar num crescimento sustentado da direita a nível europeu e antecipou o quadro para os próximos anos.

"Eu acho que vai principalmente ser uma Europa com mais valores e menos corrupção e vai ser uma Europa mais responsável em termos de atingir determinados objetivos,", defendeu.

Tânger Corrêa considerou que "reina na Europa" uma "letargia" que "leva a que a Europa seja uma espécie de um elefante que se move devagarinho, cada vez maior, cada vez maior, e sem atingir os fins para que foi criada, que é criar um espaço de paz e desenvolvimento e proporcionar aos habitantes dos países europeus participantes neste projeto uma vida melhor".

"Neste momento não está a fazê-lo", lamentou.

Na ocasião, o candidato foi também questionado sobre a descida, pelo Banco Central Europeu (BCE), das três taxas de juro diretoras em 25 pontos base.

Apontando que "os bancos nacionais não podem andar à deriva ou contra as decisões do BCE", o cabeça de lista defendeu que se "o BCE baixou, os bancos nacionais têm que baixar", sustentando que os contratos "nada leva a que os contratos não possam ser renegociados durante a sua vigência".

Partindo do caso das gémeas tratadas no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, com um medicamento de milhões de euros, o antigo embaixador foi questionado também se no seu percurso diplomático alguma vez foi confrontado com um pedido para fazer um favor.

"Não. Um embaixador, coitado, que cunhas é que pode receber? Nunca ninguém me pediu favor nenhum, porque os nossos poderes são muito relativos", respondeu.

Ao seu lado, o presidente do Chega, André Ventura, apressou-se a comentar: "E se pedissem, tu não davas". 

"Eu não dava, exatamente", rematou Tânger Corrêa.

Nesta arruada ao final da manhã, na Póvoa de Varzim, houve bandeiras, camisolas e chapéus com o símbolo do partido, bombos a anunciar a comitiva, e até um coreto foi decorado com bandeiras e uma lona do Chega.

Logo no arranque do percurso, André Ventura foi abordado por um imigrante do Bangladesh, de 33 anos, que disse trabalhar nas estufas mas queixou-se das condições de vida e de trabalho dos estrangeiros na pesca, que disse ajudar, indicando que alguns dormem nos barcos por dificuldades no acesso à habitação.

A chorar e falando português, o homem disse que está em Portugal há três anos, tem documentos, e uma filha que nasceu em Portugal, mas que mandou para a Indonésia, de onde é natural a sua esposa. E acusou o líder do Chega de populismo, de fomentar o racismo e de reclamar, mas não apresentar soluções.

Ventura defendeu que os imigrantes têm de cumprir as regras e que "o Estado não pode estar a dar casas a outras pessoas quando não há para os portugueses".

Depois de a caravana passar, e quando os jornalistas falavam com este homem, um outro, português, gritou para o imigrante "Viva Portugal" e criticou a comunicação social.

Leia Também: Tânger foi figura secundária em campanha do Chega dominada pelo líder

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