Paupério defende maior escrutínio do BCE no Parlamento Europeu
O cabeça de lista do Livre às eleições europeias saudou hoje a descida das taxas de juro, mas defendeu um maior escrutínio do Banco Central Europeu (BCE) no Parlamento Europeu e o cumprimento do mandato social.
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Política Europeias
"É uma boa notícia para todas as famílias que têm sido muito impactadas por estas políticas e daí o Livre defender que devemos ter um mandato do BCE também apoiado no Parlamento Europeu, no sentido de haver maior escrutínio, que não acontece neste momento", afirmou Francisco Paupério.
À margem de uma visita ao centro de investigação e tratamento do cancro do pâncreas da Fundação Champalimaud, o candidato do Livre elogiou a decisão hoje anunciada pelo BCE de fazer a primeira redução da taxa de juro desde março de 2016.
No entanto, o "número um" da lista do Livre, que concorre a um lugar de deputado no Parlamento Europeu, considerou que é necessário existir um maior escrutínio político da instituição, que afirmou não estar a cumprir na integra a sua missão.
"Há um mandato secundário no BCE que não está a ser utilizado, que é o mandato social e ambiental. Vemos que o caso da subida das taxas de juro não teve em conta o mandato social e nós queremos precisamente defender esta causa social", sustentou.
O BCE desceu hoje em 25 pontos base as três taxas de juro diretoras.
A taxa fixa de operações principais de refinanciamento recuou para 4,25%, a taxa de facilidade permanente de cedência de liquidez desceu para 4,5% e a de facilidade permanente de depósito para 3,75%.
Num comunicado hoje divulgado depois da reunião de política monetária, o conselho do BCE afirma que, "com base numa avaliação atualizada das perspetivas de inflação, da dinâmica da inflação subjacente e da força da transmissão da política monetária, é agora apropriado moderar o nível de restritividade da política monetária, após as taxas de juro terem sido mantidas constantes durante nove meses".
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