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Montenegro apela ao voto dos eleitores "desiludidos" do PS e do Chega

O presidente do PSD apelou hoje ao voto dos eleitores do PS e do Chega nas legislativas que estão desiludidos com estes partidos, que acusou de trocarem "convicções por conveniências", e manifestou confiança na vitória no domingo.

Montenegro apela ao voto dos eleitores "desiludidos" do PS e do Chega
Notícias ao Minuto

20:12 - 07/06/24 por Lusa

Política PSD

"No fim desta campanha, é caso para dizer aos portugueses que há muitas razões para estarem desiludidos quer com o PS quer com o Chega", afirmou Luís Montenegro, no último comício da campanha da AD (coligação PSD/CDS-PP/PPM), debaixo do arco da Rua Augusta, em Lisboa.

O também primeiro-ministro questionou diretamente os votantes nestes dois partidos nas legislativas se "estão satisfeitos" com o que têm feito no parlamento desse março.

"Quero perguntar a um votante do PS se está satisfeito por ver o seu partido, que tanto ergueu a sua voz contra o Chega, que ergueu uma linha vermelha ao PSD, se está satisfeito ao ver o PS a aprovar coisas ao colo do Chega", disse.

Montenegro questionou igualmente os eleitores do partido liderado por André Ventura se "estão satisfeitos por terem votado numa força política que prometeu combater o socialismo e que agora vota no parlamento ao lado das propostas socialistas".

"Aqui, como nas questões europeias, trocam as convicções por conveniências", afirmou, dizendo até "estar grato à oposição" por a maior acusação que faz ao Governo é cumprir os seus compromissos.

Por isso, apelou, os eleitores têm de "aproveitar a oportunidade no domingo para mostrar quem é fiel aos seus valores", penalizando "quem está do lado dos jogos políticos".

"Eu confio muito no critério dos portugueses, na capacidade de nos mobilizarmos para termos uma grande participação no próximo domingo. Confio muito que vamos vencer as eleições, vamos continuar a governar bem o país para respeitar quem trabalha", disse.

Ainda num recado à oposição, Montenegro acusou-a de "só comentar e criticar" enquanto o Governo já resolveu "a fase de maior instabilidade" na escola pública, numa referência ao acordo com os professores, ou aumentou o Complemento Solidário para Idosos.

"Há uma grande diferença entre a nossa candidatura e as outras: nós estamos focados na vida das pessoas, enquanto o PS e o Chega estão focados nos seus próprios partidos", disse.

Como outra diferença, frisou que a AD nunca se juntou "a forças políticas ou a políticos pró-Rússia, anti-Nato ou anti-euro", numa referência ao período em que o PS governou com apoio parlamentar de PCP e BE.

No início do seu discurso, o líder social-democrata fez questão de destacar duas presenças na arruada e comício de final de campanha da AD: a antiga presidente do PSD Manuela Ferreira Leite e antiga líder democrata-cristã Assunção Cristas.

"Duas mulheres que já deram muito e ainda continuam a dar muito a Portugal", afirmou.

Montenegro elogiou ainda "a bela campanha" do cabeça de lista Sebastião Bugalho, considerando que o jovem de 28 anos deu "um grande exemplo ao país e às outras forças políticas".

Antes, o líder do CDS-PP e ministro da Defesa Nuno Melo centrou-se igualmente nas críticas ao PS.

"Neste momento, só a AD é uma alternativa aos socialismos em Portugal: se em 2015 Pedro Nuno Santos teorizou uma geringonça e se juntou ao PCP e ao BE, em 2024 conseguiu também meter o Chega no bolso, isso é obra", criticou, dizendo que a AD combate "todas as ditaduras de Nicolas Maduro a Vladimir Putin".

O líder democrata-cristão considerou Sebastião Bugalho "o capitão" desta coligação e previu que a vitória da AD no domingo vai ser "muito maior" do que preveem as sondagens, que têm apontado para um empate técnico com o PS.

[Notícia atualizada às 20h41]

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