"É bom ter diminuído a abstenção, mas acho que ainda estamos muito longe"
O porta-voz do Livre, Rui Tavares, saudou hoje a diminuição da abstenção em relação às anteriores eleições europeias, mas alertou que não é ainda suficiente, sendo necessário esclarecer melhor os eleitores quanto aos temas europeus.
© Adelino Meireles/Global Imagens
Política Europeias
"É bom ter diminuído a abstenção, mas acho que ainda estamos muito longe daquilo que precisamos em termos de esclarecimento sobre assuntos europeus na política portuguesa", disse Rui Tavares.
O porta-voz falava aos jornalistas à chegada ao Teatro da Luz, em Lisboa, onde o Livre montou o seu "quartel-general" para a noite eleitoral.
Ao lado da outra porta-voz, Isabel Mendes Lopes, e do cabeça de lista do partido, Francisco Paupério, considerou ainda uma boa notícia que, à semelhança de Portugal, os níveis de abstenção tenham diminuído noutros países da União Europeia.
"Significa que os europeus estão a participar mais nas eleições que lhes dizem respeito e são eleições que ocorrem num momento crucial para os destinos do nosso continente", sublinhou.
As eleições para o Parlamento Europeu registaram hoje em território nacional uma taxa de abstenção entre 58,6% e 64,5%, de acordo com as projeções televisivas.
A sondagem da RTP/Universidade Católica aponta para uma taxa de abstenção entre 60% e 63%.
Já uma projeção da TVI/CNN estima uma taxa de abstenção entre 58,6% e 64,5%.
Segundo dados da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, pelas 19:00, numa altura em que estavam encerradas as urnas em Portugal Continental e no Arquipélago da Madeira, a afluência às urnas era de 36,4%, o que representa uma taxa de abstenção de 63,6%.
Há cinco anos, Portugal viu a taxa de abstenção em eleições europeias atingir quase 70%, uma participação eleitoral que registou mínimos históricos desde as primeiras eleições para o Parlamento, em 1987.
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