CE? "Ficaria surpreso se Costa não pudesse contar com o apoio do Governo"

Pedro Nuno Santos comentou ainda a "tentativa de desvalorização do Governo" face aos resultados das eleições europeias, que foram uma "derrota" para a AD.

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© Flickr/ PS

Daniela Carrilho
12/06/2024 19:12 ‧ 12/06/2024 por Daniela Carrilho

Política

Pedro Nuno Santos

O secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, comentou esta quarta-feira o apoio do Governo de Luís Montenegro à candidatura de António Costa para o Conselho Europeu, declarando não estar surpreendido.

"Estamos muito satisfeitos com o apoio do Governo e temos esta forte expectativa que venhamos a conseguir ter, como presidente da Comissão Europeia, um português com a dimensão política de António Costa que trará e dará à função um peso que eu julgo que essa função tão importante nunca teve até agora", começou por afirmar Pedro Nuno Santos, em declarações aos jornalistas, à margem da sua visita à 61.º Capital do Móvel – Feira de Mobiliário e Decoração, que decorre no Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa.

O líder do PS destacou que "ficaria surpreso se António Costa não pudesse contar com o apoio do Governo português", uma vez que os socialistas apoiaram "a eleição de Durão Barroso para presidente da Comissão Europeia". "Por isso, a surpresa seria se esse apoio agora não acontecesse com António Costa", ressalvou.

Questionado se o resultado positivo do PS nas eleições Europeias poderá influenciar o sentido de voto do partido para o próximo Orçamento do Estado, Pedro Nuno considerou que são "dois temas distintos". Ainda assim, criticou a "tentativa de desvalorização do Governo" acerca destes 'números' que, considerou, "é profundamente errada".

"O Governo foi eleito há três meses, tomou posse há cerca de dois, fez anúncios de dois em dois dias e perde umas eleições. Isto, para mim, tem relevância, é evidente que o resultado expectável era que a AD pudesse disparar face ao resultado que teve em março e o que aconteceu foi uma derrota", atirou Pedro Nuno Santos.

Tal como na noite eleitoral, insistiu na leitura dos resultados eleitorais como um sinal para o Governo para não continuar a governar "ignorando a oposição e ignorando o Parlamento".

Sobre se espera alguma mudança na atitude do executivo de Luís Montenegro, o líder socialista defendeu que, por enquanto, "pelo contrário" houve "uma reafirmação por parte do primeiro-ministro da estratégia que estava a ser seguida".

"É uma estratégia que é errada, porque a AD não teve maioria absoluta, os portugueses não querem que o Governo se comporte como se tivesse a maioria absoluta", acrescentou.

[Notícia atualizada às 20h02]

Leia Também: Costa entre governantes com "todas as condições" para o Conselho Europeu

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