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IL/Madeira defende "diálogo" para viabilizar Programa do Governo

O deputado único da Iniciativa Liberal na Assembleia da Madeira defendeu hoje ser altura de o PSD promover um "verdadeiro diálogo" e evitar a postura de monólogo para viabilizar o Programa do Governo Regional e um Orçamento.

IL/Madeira defende "diálogo" para viabilizar Programa do Governo
Notícias ao Minuto

13:34 - 20/06/24 por Lusa

Política Madeira

chegada a hora de se proporcionar verdadeiro diálogo e não monólogos que não levam a lado nenhum", diz Nuno Morna, em comunicado.

O deputado considera que a Madeira atravessa "um período crucial para o futuro coletivo", apontando que a decisão do Governo Regional de retirar a proposta de Programa de Governo que estava a ser discutida desde terça-feira no parlamento madeirense é um "gesto que abre novas perspetivas e possibilidades".

Na quarta-feira, o executivo madeirense, liderado pelo social-democrata Miguel Albuquerque, decidiu retirar a proposta de Programa de Governo Regional para os próximos quatro anos que estava a ser a discutida no parlamento e iria ser votada hoje.

O documento seria chumbado, uma vez que PS, JPP e Chega anunciaram o voto contra. Os três partidos somam um total de 24 deputados dos 47 que compõem o hemiciclo, o que equivale a uma maioria absoluta.

Numa conferência de imprensa na Quinta Vigia, Miguel Albuquerque adiantou que as negociações com a oposição prosseguem e que o executivo apresentará um novo Programa do Governo "nos próximos dias", assegurando que existem "todas as condições" para que seja aprovado.

Na nota, Nuno Morna salienta que agora "o processo da feitura do programa de governo está reaberto e com ele surge uma oportunidade única para redefinir" o caminho, "sempre em prol dos superiores interesses da Madeira e dos madeirenses".

"Não podemos, nem devemos, desperdiçar esta oportunidade de ouro para construir um futuro mais justo, mais próspero e mais solidário para todos", defende.

O deputado único da IL sugere que o PSD "proponha uma reunião conjunta com a presença de todos os partidos com assento parlamentar, de modo a definir metodologias de diálogo e objetivos a atingir".

Pois, acrescenta, só através da "convergência de esforços, onde cada voz seja ouvida e cada perspetiva considerada" será possível "delinear um caminho comum que responda às reais necessidades e aspirações dos madeirenses".

"Apelo, portanto, a todos os atores políticos para que se unam neste esforço comum. A Madeira precisa de cada um de nós, e é na união e na cooperação que encontraremos a força necessária para superar as adversidades e construir um futuro brilhante para todos", sustenta, insistindo que este é o momento para "agir com sabedoria e grandeza" e "estar à altura deste desafio histórico" na Madeira.

Nas eleições regionais antecipadas de 26 de maio, o PSD elegeu 19 deputados, ficando a cinco mandatos de conseguir a maioria absoluta (para a qual são necessários 24), o PS conseguiu 11, o JPP nove, o Chega quatro e o CDS-PP dois, enquanto a IL e o PAN elegeram um deputado cada.

Já depois das eleições, o PSD firmou um acordo parlamentar com os democratas-cristãos, ficando ainda assim aquém da maioria absoluta. Os dois partidos somam 21 assentos.

Também após o sufrágio, o PS e o JPP (com um total de 20 mandatos) anunciaram um acordo para tentar retirar o PSD do poder, mas o representante da República, Ireneu Barreto, entendeu que não teria viabilidade e indigitou Miguel Albuquerque.

As eleições de maio realizaram-se oito meses após as legislativas madeirenses de 24 de setembro de 2023, depois de o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando Miguel Albuquerque foi constituído arguido num processo sobre alegada corrupção.

Leia Também: PAN critica falta de "coragem política" da oposição na Madeira

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