"Eu acho que é bom [...] a candidatura de António Costa, houve quem debatesse, mas não tenho nenhuma dúvida de que é positivo para Portugal", afirmou Miguel Albuquerque, depois de questionado pelos jornalistas sobre o acordo preliminar para a nomeação do ex-primeiro ministro para o Conselho Europeu.
O presidente do executivo madeirense falava à margem de uma visita à obra de requalificação da Estrada Regional 204, no concelho de Santa Cruz, que abrange quase oito quilómetros e representa um investimento de "quase 13 milhões de euros" até 2025.
Miguel Albuquerque salientou que "uma coisa é ser crítico da governação, outra coisa é apoiar um compatriota num lugar de destaque na Europa e, sobretudo, num organismo tão importante como o Conselho Europeu".
"As divergências políticas que eu tive com António Costa não impedem de o apoiar e acho que ele tem condições para fazer um bom trabalho", reforçou.
Os seis chefes de Governo e de Estado da União Europeia (UE) que, no Conselho Europeu, estão a negociar os cargos de topo, incluindo a nomeação de António Costa, chegaram hoje a acordo preliminar, avançaram fontes europeias à Lusa.
Depois de uma primeira tentativa falhada para acordo no jantar informal de líderes da UE a 17 de junho passado, estes negociadores (de centro-direita, socialistas e liberais) têm estado em conversações sobre os cargos de topo europeus no próximo ciclo institucional, discutindo-se o nome de António Costa para a liderança do Conselho Europeu, o de Ursula von der Leyen para segundo mandato na Comissão Europeia e o da primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, para chefe da diplomacia comunitária.
Além do primeiro-ministro português, Luís Montenegro, que já disse que apoiaria a nomeação de António Costa, há outros 11 chefes de Governo e de Estado do Partido Popular Europeu (PPE), de países como Grécia, Croácia, Letónia, Suécia, Áustria, Irlanda, Roménia, Finlândia, Chipre, Polónia e Luxemburgo, que assumiram o apoio ao antigo governante português.
É também o Conselho Europeu que propõe o candidato a presidente da Comissão Europeia, instituição que tem vindo a ser liderada desde 2019 por Ursula von der Leyen, num aval final que cabe depois ao Parlamento Europeu, que vota por maioria absoluta (metade dos 720 eurodeputados mais um).
Leia Também: Charles Michel informado de consenso sobre Costa, Von der Leyen e Kallas