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Portugal apresentará programa para investir 2% do PIB em Defesa em 2029

O Governo português vai apresentar, na próxima cimeira da NATO, em julho, um "programa credível" para atingir em 2029 um investimento na Defesa de 2% do PIB, anunciou hoje o primeiro-ministro no parlamento.

Portugal apresentará programa para investir 2% do PIB em Defesa em 2029
Notícias ao Minuto

19:32 - 26/06/24 por Lusa

Política NATO

"Sim, nós temos necessidade e vamos apresentar na próxima cimeira da NATO um programa credível para atingir em 2029 um investimento de 2% do nosso produto [interno bruto, PIB] na área da segurança e defesa, que aliás se coaduna com a nossa estratégia na Aliança Atlântica e também com o reforço no âmbito da União Europeia do investimento em segurança e defesa", afirmou Luís Montenegro, durante o debate preparatório do Conselho Europeu, que decorre na quinta e sexta-feira em Bruxelas.

O chefe do Governo reiterou depois que Portugal levará um plano "credível e exequível" à reunião de alto nível da NATO, prevista entre 09 e 11 de julho em Washington, Estados Unidos.

Montenegro respondia a perguntas da bancada do Chega, que advertiu que Portugal enfrentará "pressões" na cimeira da NATO para aumentar o seu investimento em Defesa.

O deputado António Pinto Pereira descreveu o estado das Forças Armadas como "uma vergonha".

"Enfrentamos dificuldades nos três ramos militares. Temos pouco mais de 23 mil militares, um número tragicamente abaixo dos 32 mil autorizados, não temos defesa antiaérea, não temos munições", elencou.

A posição do Chega motivou críticas do primeiro-ministro àquela bancada, que acusou de "um irrealismo tal", que, frisou, "salta à vista da pessoa mais incauta que não há qualquer possibilidade de cumprir aquilo que os senhores querem".

"Ainda hoje à tarde, o líder do seu partido disse que num governo Chega, ninguém iria pagar portagens. De uma assentada, duplicar ou triplicar o investimento na Defesa e acabar com qualquer receita de portagem", afirmou Luís Montenegro.

Dirigindo-se ainda à bancada do Chega, o primeiro-ministro disse: "De facto, ninguém vos pode levar a sério, os senhores querem dar tudo a todos a todo o tempo".

Sobre o apoio à Ucrânia, um dos temas na agenda dos chefes de Estado e de Governo dos 27 da União Europeia (UE) nos próximos dois dias, Montenegro referiu que a ajuda que Portugal dará a Kiev "nos próximos anos vai necessariamente ter de se integrar no esforço de apoio que a NATO vai assumir relativamente a este dossiê".

"Não é expectável que quando se anuncia um pacote de ajuda de 40 mil milhões de euros, algum dos Estados-membros da Aliança Atlântica fique de fora no esforço que teremos de fazer", referiu.

[Notícia atualizada às 20h06]

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