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BE acusa Governo de seguir na saúde "política do PS em esteroides"

O BE acusou hoje o Governo PSD/CDS de seguir “a política do PS em esteroides” e de transferir dinheiro público necessário no SNS para “uma nova área de negócio no privado”, acusações refutadas pela ministra da saúde.

BE acusa Governo de seguir na saúde "política do PS em esteroides"
Notícias ao Minuto

11:51 - 28/06/24 por Lusa

Política Saúde

A abrir a interpelação ao Governo sobre “Um plano de emergência para o Plano de Emergência da Saúde apresentado pelo Governo”, a deputada e líder do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, afirmou que “o Governo insiste em incentivos para produtividade, quando isso nunca resolveu o problema das listas de espera”.

Insiste também em horas extraordinárias, quando os profissionais dizem que “estão cansados e que faltam profissionais”, acrescentou.

Mariana Mortágua afirmou que “a receita do PSD é apenas a receita anterior em esteroides. É a política do PS em esteroides”.

Em resposta, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, afirmou que “não vale a pena insistir que o Governo quer entregar a Saúde dos portugueses aos grupos privados”.

“Acreditamos no SNS e, por isso, queremos reforçá-lo, torná-lo mais acessível, eficiente e atrativo para os profissionais de Saúde. Prometemos e vamos cumprir”, assegurou a governante no seu discurso no parlamento.

Relativamente às críticas do BE sobre encerramento de urgências e de a ministra ter “enviado um documento a todas as instituições a ordenar a não-divulgação do encerramento dos serviços”, Ana Paula Martins sublinhou que “as notícias sobre urgências com constrangimentos que ultimamente tem enchido o espaço mediático não traduzem uma realidade de agora”.

“Temos a coragem de divulgar, com transparência e rigor, qual é a disponibilidade dos serviços de urgência de norte a sul do país, com dados atualizados ao momento e de forma acessível a todos os cidadãos”.

Desde o início desta semana, o SNS tem mapas interativos disponíveis no Portal do SNS que indicam quais são as urgências gerais, de obstetrícia e de pediatria acessíveis, lembrou.

Mariana Mortágua disse ainda que o plano divulgado pelo Governo “não é bem o plano para a saúde, nem para resolver os problemas” do SNS, considerando que “é um misto entre um plano de negócios para o setor privado e uma recauchutagem de medidas que já tinham sido experimentadas” pelo anterior Governo socialista e falhado.

“As urgências não têm profissionais para garantir o funcionamento. Não há problema, inventa-se uma outra estrutura chamada aos centros de atendimento clínico que vão ser explorados pelo setor privado. Entretanto, por todo o país há urgências básicas que estão encerradas”, lamentou.

Ana Paula Martins reconheceu que os problemas do SNS são estruturais e não basta “um penso rápido”.

“É uma realidade. Por isso, temos medidas imediatas - porque os portugueses não podem continuar sem acesso ao SNS -, mas temos, também, em marcha uma transformação gradual de reforço do SNS e da resposta integrada e eficiente de todo o sistema de Saúde português”, disse a governante.

Sublinhou que o Governo está empenhado “numa melhor gestão dos recursos para encontrar soluções sustentáveis, possíveis, também, com lideranças fortes e agregadoras – não só nas Unidades Locais de Saúde, mas de uma forma transversal a todo o Estado” e que no Plano de Emergência da Saúde existe responsabilidade orçamental para garantir uma resposta “em tempo útil e com qualidade” aos utentes.

Na abertura do seu discurso, Ana Paula Martins saudou a eleição de António Costa para presidente do Conselho Europeu, considerando que é um dia importante para a Europa e para Portugal.

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