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IL propõe indemnizações para utentes de comboios afetados por greve

A Iniciativa Liberal entregou hoje no parlamento um projeto de lei para instituir o pagamento de uma indemnização aos utentes de transportes ferroviários em compensação pelos constrangimentos causados pelos dias de greve.

IL propõe indemnizações para utentes de comboios afetados por greve
Notícias ao Minuto

13:33 - 28/06/24 por Lusa

Política IL

A proposta dos liberais surge no seguimento do apelo feito pela provedora de Justiça, Maria Lúcia Amaral, para que o Governo e os grupos parlamentares legislassem para encontrar uma forma de ressarcir quem compra passe pelos dias de greve nos transportes.

O Grupo Parlamentar da IL quer que os passageiros titulares de um passe ou título de transporte sazonal recebam uma “indemnização proporcional ao preço pago pelo serviço que sofreu atraso”.

A indemnização, detalham os liberais no projeto de lei, “deve ser atribuída de forma automática, sempre que tenham sido fornecidos os dados necessários para tal por parte do passageiro”.

A IL propõe que os operadores de transporte devem reunir os dados necessários dos utentes para a indemnização através dos meios de aquisição de títulos de transporte como as bilheteiras de atendimento ao público, máquinas de venda automática ou através da internet.

O partido explica ainda que devem ficar excluídos destas indemnizações os utentes cujo valor a receber seja igual ou inferior a um euro ou vejam a falha do transporte compensada com alternativas viáveis para a sua deslocação.

Na exposição de motivos, os liberais lembram o apelo na provedora de Justiça e sublinham que os cidadãos lesados pelas greves na CP “são muitas vezes obrigados a utilizar transportes alternativos para cumprirem os seus compromissos pessoais e profissionais, recorrendo a boleias de familiares ou a serviços de TVDE”.

Esta é uma proposta que os liberais recuperam da legislatura anterior, quando propuseram a devolução do valor do passe em dias em que não há serviço com o líder Rui Rocha a exemplificar, na altura, que os 40 euros de um passe mensal seriam divididos por 30 dias, e que o valor correspondente a cada dia em que houvesse greve, e “em que não houvesse serviços mínimos”, seria devolvido aos utentes. 

A posição hoje assumida pela provedora de Justiça sobre esta matéria decorre da resposta a uma queixa apresentada pela Deco Proteste, exigindo “a declaração de inconstitucionalidade da atual legislação pelo Tribunal Constitucional e o fim da discriminação legislativa de que são alvo os utentes dos transportes ferroviário e rodoviário”.

Para a Deco Proteste, “os titulares de passes e de títulos de transporte sazonais devem ser compensados por um serviço que já foi pago, mas não foi utilizado”, considerando tratar-se de “um direito previsto na Constituição da República, e a compensação deve ser na proporção dos dias que o passageiro não utiliza os transportes públicos”.

A situação volta a ocorrer hoje, com uma greve de 24 horas na CP – Comboios de Portugal, que terá impacto nos utilizadores do transporte ferroviário em todo o território continental, e quando vários sindicatos convocaram já “paralisações de comboios pelo menos até 14 de julho”. Recentemente houve também greves parciais na Carris (Lisboa) e TST (Sul do Tejo).

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