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AR lamenta morte de Cargaleiro cujas obras "inspiraram gerações"

A Assembleia da República aprovou hoje por unanimidade um voto de pesar pela morte do pintor e ceramista Manuel Cargaleiro, agradecendo as obras de um "artista excecional" que "inspiraram inúmeras gerações".

AR lamenta morte de Cargaleiro cujas obras "inspiraram gerações"
Notícias ao Minuto

18:21 - 04/07/24 por Lusa

Política Cargaleiro

No voto, proposto pelo presidente do parlamento, José Pedro Aguiar-Branco, os deputados expressam "sentidas condolências à família, aos amigos e a todos que tiveram a honra" de conhecer e apreciar o trabalho de Manuel Cargaleiro, que morreu no domingo aos 97 anos.

A Assembleia da República recorda e agradece "o papel de Manuel Alves Cargaleiro, como artista excecional, cujas obras de cores vibrantes e formas inovadoras cativaram admiradores em todo o mundo e inspiraram inúmeras gerações".

No voto de pesar, aprovado por todos os partidos com assento parlamentar, é lembrada a obra e o percurso de vida do "artista multifacetado," que nasceu em 16 de março de 1927 em Chão das Servas, Vila Velha de Ródão.

"Em 1954, foi professor na Escola de Artes Decorativas António Arroio, conhece Maria Helena Vieira da Silva e Arpad Szènes e faz a primeira viagem a Paris", refere.

O parlamento lembra ainda que o "mestre Cargaleiro deixou a sua assinatura em inúmeras peças geométricas e cromáticas" e enumera diferentes painéis cerâmicos como no Jardim Municipal de Almada, nas fachadas da igreja de Moscavide e do Instituto Franco-Português, nas estações de Metro "Colégio Militar-Luz" e dos Champs Elysées-Clémeanceau, em Paris, e na estação de serviço de Óbidos.

"Em 1990, criou em Lisboa a Fundação Manuel Cargaleiro. Sensível às suas origens, deixa-nos o legado da sua arte em Castelo Branco, no Museu Cargaleiro, e no Seixal, na Oficina de Artes Manuel Cargaleiro, desenhada por Álvaro Siza Vieira", enaltece.

São ainda recordados os vários prémios e comendas recebidas ao longo da sua vida.

Foram igualmente aprovados por unanimidade votos de pesar pela morte da ex-deputada do PS, sindicalista e dirigente associativa Maria Custódia Barbosa Fernandes e da "figura próxima de Maria de Lourdes Pintasilgo" e antiga dirigente do BE Fátima Grácio.

No texto proposto pelo PS sobre a morte de Custódia Fernandes é recordado que "nas diferentes funções e facetas do seu longo e rico percurso cívico, político e associativo" a antiga deputada socialista "destacou-se pela determinação, pela dedicação e pela capacidade para deixar uma marca muito pessoal no modo como se dedicou às causas laborais, sociais e políticas em que se empenhou profundamente".

Já sobre Fátima Grácio, o texto apresentado pelo BE evoca uma vida "marcada pelo compromisso com a promoção dos direitos das mulheres e a igualdade de género".

"Licenciada em Filologia Germânica, foi Assessora Principal no Ministério da Habitação, dirigente do Graal e figura próxima de Maria de Lourdes Pintasilgo, em cuja campanha presidencial assumiu um papel chave", lembra.

Leia Também: Fundação Arpad Szenes - Vieira da Silva vai evocar obra de Cargaleiro

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