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Madeira. BE e PCP criticam viabilização do Programa do Governo pelo Chega

BE e PCP criticaram hoje a viabilização do Programa do Governo da Madeira liderado pelo social-democrata Miguel Albuquerque, sobretudo pelo Chega, apontando que antes o partido de André Ventura rejeitava essa possibilidade em nome do combate à corrupção.

Madeira. BE e PCP criticam viabilização do Programa do Governo pelo Chega
Notícias ao Minuto

20:05 - 04/07/24 por Lusa

Política Governo da Madeira

Estas posições foram transmitidas aos jornalistas no parlamento pela coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, e pela líder parlamentar do PCP, Paula Santos, depois de o parlamento madeirense ter aprovado o Programa do XV Governo Regional, com 22 votos favoráveis de PSD, CDS-PP e PAN, 21 votos contra de PS, JPP e de uma deputada do Chega, e quatro abstenções do Chega e da IL.

Mariana Mortágua disse que o programa do Governo de Miguel Albuquerque foi aprovado "sem quaisquer contrapartidas".

"Esse apoio vem de dois partidos que há meses mandaram abaixo esse Governo, porque diziam que Miguel Albuquerque, como arguido por corrupção, não poderia liderar um executivo. Esse apoio vem também do partido Chega, que se junta à IL, PAN e CDS", afirmou.

A coordenadora do BE apontou depois que André Ventura "há meses dizia que Miguel Albuquerque estava agarrado como uma lapa ao poder" e "que nunca apoiaria um Governo de corruptos".

"Acabou de viabilizar o Governo de Miguel Albuquerque sem nada em troca. É uma contradição nas posições dos partidos, a começar pelo Chega. Mas é mais grave porque ao viabilizar o programa estes partidos estão a dar um novo fôlego ao PSD/Madeira - partido de promiscuidade e de compadrio, que beneficia interesses particulares e privados em detrimento dos interesses dos madeirenses", acusou.

Mariana Mortágua apontou ainda que o Governo da Madeira, que representa "negociatas" e "portas giratórias, acabou por ser viabilizado pelos partidos da direita".

"É uma prova apenas da inconsistência e da incoerência de vários partidos, que deram o dito por não dito, a começar pelo de André Ventura", insistiu.

A líder parlamentar do PCP, Paula Santos, disse que o Chega "muitas vezes ensaia divergências" com o PSD, "mas no concreto lá esteve a dar a mão".

Paula Santos referiu também que o partido liderado por André Ventura "nas suas intervenções faz referências às questões do combate à corrupção", observando em seguida: "Os atos ficam com quem os pratica".

Segundo a líder parlamentar do PCP, decisões como esta por parte do Chega "revelam muito daquilo que é o seu posicionamento político de facto".

"As questões da defesa dos interesses do povo da região da Madeira foram matérias que não estiveram de facto presentes", acrescentou.

A viabilização do documento apresentado pelo executivo social-democrata saído das eleições regionais de 26 de maio chegou a estar em risco, uma vez que o Chega indicou inicialmente o voto contra o documento, tal como o PS e o JPP. Juntos, os três partidos teriam 24 deputados, o que constitui uma maioria absoluta.

A deputada do Chega Magna Costa votou contra a proposta depois de o líder regional do partido, Miguel Castro, ter referido que não havia liberdade de voto.

Esta é a primeira legislatura na história da democracia madeirense em que o PSD não tem maioria absoluta sozinho ou com outras forças. O partido, com 19 eleitos, tem um acordo parlamentar com o CDS que lhe permite o apoio de mais dois deputados.

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