A antigo líder da Iniciativa Liberal (IL) João Cotrim Figueiredo falou, este sábado, aos jornalistas, numa altura em que se inicia a VIII Convenção Nacional do partido.

"É importante as pessoas perceberam que é possível fazer política em Portugal em primeiro lugar com seriedade, sem recorrer a truques e populismos e continuar a crescer", afirmou, acrescentando que a IL é o único partido que consegue ir buscar votos aos descontentes".

"Temo-lo feito ao longo do tempo. Nestes seis anos acho que a Iniciativa Liberal tem sabido não só adequar-se ao enquadramento política, mas também as suas próprias características", detalhou, em Santa Maria da Feira, no distrito de Aveiro.

João Cotrim Figueiredo considerou ainda que um partido, à semelhança de outras organizações, tem que funcionar "com cabeça e com coração". "Tem de saber explicar que aquilo que pode acontecer no futuro é bastante mais interessante e mais atrativo do que o que aconteceu no passado. A IL tem conseguido fazer isso", defendeu.

Questionado sobre se havia alguma desunião no partido, Cotrim Figueiredo sublinhou que todos sabiam "que há opiniões diferentes" que estarão em discussão na convenção, mas rejeitou que isso fosse sinónimo de 'falhas'. "Não é desunião, é discussão, debate, pluralidade. Não vejo qualquer problema nisso", afirmou.

Confrontado com o manifestado apresentado pelo liberal e ex-candidato presidencial Tiago Mayan Gonçalves no início de abril, e que procurava refundar o partido, Cotrim de Figueiredo recusou alguma divisão. "Recuso o cenário de divisão interna. Espero que tenham impacto na discussão interna", aprofundou.

Mayan Gonçalvez dizia então que estava pronto para encabeçar uma candidatura à liderança da IL aquando altura de eleições, mas Cotrim, recentemente eleito eurodeputado, considerou que se há quem, com ou sem manifestos, quiserem "agregar valor" o devem fazer".

Ainda durante as suas declarações, Cotrim de Figueiredo considerou que o partido consegue "permanentemente e com uma política coerente" produzir resultados, o que mesmo que nas legislativas anteriores não se tenham traduzido em mais deputados, traduziu-se num maior número de votos.

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