"É fundamental que não se use esta discussão para levantar trincheiras e, acima de tudo, que não se usem os estatutos para desvirtuar o caminho da Iniciativa Liberal, para criar um caminho de desconfiança permanente, para limitar a liberdade política dos membros, ou para pôr membros contra membros", defendeu Mariana Leitão.
A deputada falava na VIII Convenção Nacional da IL que decorre até domingo no Europarque, em Santa Maria da Feira (distrito de Aveiro), visando alterações aos estatutos e ao programa político.
Mariana Leitão tinha já dito que "não foram os estatutos que trouxeram as vitórias da Iniciativa Liberal", mas vincou que devem ser adaptados para manter uma "rota de crescimento e uma resposta ágil aos desafios do futuro".
"Mais do que mudar os estatutos, nós estamos aqui para mudar o país. Estamos na luta contra o socialismo, contra os extremismos e contra o populismo", vincou.
No convenção que decorre até domingo irá a votos a alteração dos estatutos, em relação à qual haverá duas propostas em discussão e em votação pelos liberais: uma apresentada pelo Conselho Nacional da IL e uma outra dos opositores internos.
No caso da proposta de alteração de estatutos apresentada pelo Conselho Nacional da IL está prevista a criação da Mesa do Conselho Nacional, um novo órgão, e que a Comissão Executiva passe a ter o poder de aprovar as candidaturas a eleições.
Já a da oposição interna, apresentada pela iniciativa "Estatutos + Liberais", e assinada por 211 membros entre os quais Tiago Mayan Gonçalves, propõe uma alteração dos estatutos que prevê uma maior descentralização do partido, com mais poderes deliberativos para os núcleos territoriais, e menos poderes para a Comissão Executiva.
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