Bloco de Esquerda "muito preocupado" com crescimento da extrema-direita

A líder do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mortágua, apresentou hoje três argumentos para mostrar a preocupação com o crescimento da extrema-direita na Europa, independentemente do resultado das eleições em França.

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Lusa
07/07/2024 19:23 ‧ 07/07/2024 por Lusa

Política

eleições em França

"Independentemente do que acontecer nas eleições em França, há três coisas que nós sabemos. Primeiro é que Macron e o centro liberal teve uma política irresponsável, governou contra os franceses, uma política antissocial e que apostou apenas na chantagem da extrema-direita para se manter no poder", apontou Mariana Mortágua.

No entender da líder bloquista, "esta foi uma estratégia que destruiu a política em França, destruiu a esperança e a capacidade das pessoas de olharem para o futuro com esperança".

À margem da abertura da 12.ª edição da Sementeira, a semana cultural organizada pelo Bloco de Esquerda de Viseu, que acontece no centro histórico da cidade, Mariana Mortágua, questionada pelos jornalistas, apresentou outros dois argumentos.

"A extrema-direita é um perigo. Ela recolhe essa desilusão com o futuro, mas ela é um perigo, porque é assente na xenofobia, é assente no ódio, no medo, na divisão e, hoje, é por isso, que os olhos estão postos em França com medo sobre o que vai acontecer no futuro", apontou.

Por último, e no seu entender de Mariana Mortágua, é a esquerda que tem um "projeto alternativo e de esperança e dentro da esquerda foi a França Insubmissa, a esquerda mais à esquerda que foi capaz de apresentar um plano mais alternativo" para a França.

"Foi capaz de reunir as condições para a união da esquerda em França e se hoje olhamos para França com medo, alguns, com preocupação, mas também com muita esperança, isso se deve à esquerda em França que mostra que é um caminho e que é uma alternativa", acrescentou Mariana Mortágua.

Segundo as primeiras projeções divulgadas após o fecho das urnas, a aliança de esquerda venceu as eleições legislativas francesas, à frente da coligação do Presidente Emmanuel Macron e da extrema-direita.

De acordo com as primeiras estimativas divulgadas, na segunda volta das eleições nenhum dos três blocos obtém a maioria.

Leia Também: Eleições em França? "Vão ter consequências que se vão projetar na Europa"

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