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PCP insta Governo a sair de "comprometedor silêncio" e condenar Israel

O PCP desafiou hoje o Governo a "sair do seu comprometedor silêncio" e condenar a escalada de Israel no Médio Oriente, manifestando "profunda preocupação" pelo assassínio de dirigentes do Hamas e do Hezbollah.

PCP insta Governo a sair de "comprometedor silêncio" e condenar Israel
Notícias ao Minuto

16:13 - 02/08/24 por Lusa

Política Médio Oriente

Em comunicado, o PCP considera que os assassínios do chefe político do Hamas, Ismael Haniyeh, e de responsáveis do Hezbollah são "expressão da condenável política de terrorismo de estado de Israel, que procura por todos os meios exacerbar a tensão e mergulhar o Médio Oriente numa confrontação generalizada".

 

"Estes crimes inserem-se na premeditada atitude das autoridades israelitas para obstaculizar todos os esforços e iniciativas que promovam a distensão, o diálogo e a paz no Médio Oriente, no respeito dos princípios da Carta das Nações Unidas e do direito internacional, desde logo dos direitos nacionais do povo palestiniano", defende o partido.

O PCP considera que essa atitude "conta com a cumplicidade, o apoio e o encobrimento por parte dos Estados Unidos da América para com a sua criminosa política", salientando que, no recente discurso que fez perante o Congresso norte-americano, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, "clamou pela guerra contra o Irão e por mais armamento, tendo visto reafirmado o apoio de Biden, Harris e Trump".

"O Governo português deve sair do seu comprometedor silêncio e condenar a escalada, os crimes e as flagrantes violações do direito internacional por parte de Israel e exigir o fim da ilegal ocupação e colonização de territórios palestinianos", insta o partido.

O PCP defende que "se impõe um cessar-fogo imediato e permanente na Faixa de Gaza e a urgente ajuda humanitária à população palestiniana", assim como "o fim da violenta repressão na Cisjordânia, a concretização do direito do povo palestiniano a um Estado soberano e independente, com as fronteiras de 1967 e a capital em Jerusalém Oriental, e a efetivação do direito ao retorno dos refugiados, conforme determinam as resoluções da ONU".

"Saudando o acordo recentemente alcançado pelas diferentes forças palestinianas, em Pequim, o PCP apela à solidariedade para com a justa causa nacional do povo palestiniano e à luta pela paz no Médio Oriente, desde logo pelo fim do genocídio do povo palestiniano na Faixa de Gaza e da escalada levada a cabo por Israel que ameaça alastrar a guerra a toda a região", lê-se.

O Médio Oriente está em alerta máximo à espera de uma resposta, sobretudo a prometida pelo Irão após o assassínio do chefe político do movimento islamita palestiniano Hamas, Ismail Haniyeh, na madrugada de quarta-feira em Teerão.

Ainda quinta-feira, o Hezbollah anunciou ter lançado dezenas de foguetes do tipo 'Katyusha' contra o norte de Israel, em resposta ao ataque israelita contra a localidade de Chama.

O Exército israelita confirmou que numerosos projéteis atravessaram o território israelita vindos do Líbano, acrescentando que intercetou alguns deles.

"O restante caiu em áreas abertas", referiu ainda.

A violência na fronteira entre o Hezbollah e Israel começou logo após o início da guerra em Gaza, desencadeada por um ataque do Hamas palestiniano em solo israelita, que causou pelo menos 542 mortos, a maioria combatentes, mas também 114 civis, segundo uma contagem da AFP.

Cerca de 40.000 pessoas, a maioria civis, perderam a vida durante os dez meses de represálias israelitas contra Gaza, segundo dados do Ministério da Saúde do Hamas, que controla o enclave palestiniano desde 2007.

Leia Também: Cerca de 40.000 casos de hepatite em Gaza desde início da guerra

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