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PCP acusa Governo de agravar problemas através da "arte do engano"

O PCP acusou hoje o Governo de agravar dos problemas nacionais através de uma "arte do engano" para "agradar o poder económico" e reiterou não ter "qualquer ilusão quanto à proposta do OE que venha a ser apresentada".

PCP acusa Governo de agravar problemas através da "arte do engano"
Notícias ao Minuto

16:21 - 21/08/24 por Lusa

Política OE2025

Numa declaração aos jornalistas na sede do PCP, em Lisboa, o membro da Comissão Política do Comité Central Vasco Cardoso afirmou que o executivo liderado por Luís Montenegro está a seguir uma abordagem para o próximo Orçamento baseada na "ilusão de que é possível responder àquilo que o país precisa sem pôr em causa a política de direita e as imposições da União Europeia".

 

Vasco Cardoso criticou o Governo por se comportar como "um agente ao serviço do poder económico" e por recorrer à "demagogia, à mentira e à propaganda para disfarçar a sua política", através, por exemplo, da "ilusão de que descendo os impostos aos mais ricos se aumenta o rendimento dos mais pobres".

"Podem chover anúncios, como os que primeiro-ministro tem feito, porque no final do dia o que os trabalhadores e o povo português sabem é que os seus salários e pensões não chegam ao fim do mês, é que os grupos privados de saúde não resolvem os problemas, é que a prestação do banco não desce. Esta arte do engano pode agradar ao poder económico, mas agrava os problemas nacionais", frisou.

O dirigente comunista acusou o Governo de procurar "convencer o povo de que não há alternativa" e defendeu que o PCP "não prescinde de afirmar e lutar por soluções para o país"e um caminho que acabe com a "injustiça, exploração e abdicação dos interesses nacionais".

Vasco Cardoso defendeu que, atualmente, o "Estado possui margem orçamental para responder aos problemas do país" e por isso "não há razões" para não dar uma resposta urgente aos problemas nacionais.

Para o PCP, é necessário um "aumento significativo dos salários e pensões", a "valorização dos serviços públicos, particularmente do SNS", dar resposta "aos problemas da habitação, particularmente com a regulação do valor das rendas e estabilidade nos contratos" e dar "uma forte prioridade à produção nacional".

Sobre o próximo Orçamento do Estado, o PCP mantém-se sem "qualquer ilusão", afirmando que daquilo "que se conhece das ações, da política, das declarações deste Governo", o executivo vai "no sentido, não da inversão desta política, mas do seu aprofundamento".

"Procuraremos, por via das nossas propostas, apresentar um regime alternativo para o país, que não é, seguramente, este que o Governo PSD-CDS está a concretizar e que, em muitas matérias, é a continuidade daquilo que foi a maioria absoluta do PS", garantiu o dirigente comunista.

Na sua intervenção, Vasco Cardoso apelou ainda à intensificação da luta dos trabalhadores e das populações, considerando que sem isso "não haverá respostas".

O dirigente comunista sublinhou a mobilização dos trabalhadores da saúde, da aviação civil, de alguns setores da indústria, como a conserveira, que reivindicam melhores salários e lembrou também que estão já marcadas para o mês de setembro "mobilizações em defesa do direito à habitação".

"O que sentimos é que este Governo não está a responder aos problemas e aquilo que se impõe e que suscita aos trabalhadores e à população é para que façam ouvir a sua voz, para que nas ruas, nos locais de trabalho, coloquem os seus direitos como uma necessidade à qual é preciso dar resposta", concluiu.

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