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OE. "A dúvida fica: é uma negociação séria ou apenas uma formalidade?"

Rui Rocha deu conta dos pontos que considera incontornáveis para que a IL possa viabilizar o Orçamento para o próximo ano.

OE. "A dúvida fica: é uma negociação séria ou apenas uma formalidade?"
Notícias ao Minuto

23:12 - 28/08/24 por Notícias ao Minuto

Política IL

O líder da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, afirmou, esta quarta-feira, que "não tem havido contactos" com o Governo para uma negociação do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), defendendo que fica "a dúvida" sobre se em causa está uma "negociação séria" ou "apenas uma formalidade". 

 

Numa entrevista à CNN Portugal, Rui Rocha começou por ser questionado sobre se tem havido negociações entre o Governo e a IL acerca do OE2025. "Não, não tem havido contactos. Houve antes de agosto um contacto inicial, que foi cordial, mas também não passou disso", respondeu.

"Portanto, a dúvida fica: se esta negociação é mesmo uma negociação séria ou se é apenas uma formalidade? Os próximos dias, seguramente, nos darão noticia sobre isso", acrescentou.

Confrontado com a sua mais recente acusação, de que o Executivo de Luís Montenegro é uma "espécie de Governo toranja, laranja por fora e rosa por dentro", o líder liberal explicou: "O PS agora arroga-se o papel de guardião das boas contas, o PSD ficou para o lado daquilo que o PS fazia, estas medidas eleitorais".

"Os partidos são muito iguais, as práticas são muito iguais e aquilo que vão apresentado aos portugueses é o mesmo", defendeu.

Sobre o Orçamento, Rui Rocha disse prever "três pecados orçamentais": "ausência de ambição no que diz respeito ao crescimento económico",  a reforma do Estado "parece muito insuficiente" e, por último, "parece evidente que vai acontecer uma discriminação entre portugueses de primeira e portugueses de segunda do ponto de vista fiscal e do alívio fiscal".

Como pontos incontornáveis para que a IL possa viabilizar o documento, o liberal defende que dentro do alívio fiscal não pode haver "essa discriminação por idade", é necessária uma descida do IRC, "séria e rápida" e, olhando para a crise na habitação, são necessárias medidas do lado da oferta. "Prometeram, estava no programa eleitoral, reduzir o IVA da construção para 6%", recordou.

Maria Luís Albuquerque?

Sobre o facto de o primeiro-ministro, Luís Montenegro, ter anunciado hoje que Maria Luís Albuquerque é o nome proposto para o cargo de comissária europeia, substituindo assim Elisa Ferreira em Bruxelas, Rui Rocha defendeu que a antiga ministra terá de "provar aquilo que vale" na dimensão europeia. 

"Maria Luís Albuquerque tem um perfil tecnocrático, tem um percurso com experiência, obviamente, em funções governativas, na relação com as instâncias europeias, mas a grande dúvida e daí ser uma interrogação para nós, é se tem o peso politico, a capacidade reformista, a capacidade de inciativa, a capacidade de inovação, que nos entendemos que a União Europeia, como um conjunto, como um todo, precisa muito", disse.

"Não dizemos 'é um perfil que não serve', não estamos nesse discurso, mas é um perfil que tem de provar aquilo que vale agora nesta dimensão europeia", considerou.

Referendo à imigração?

Sobre a polémica entre Belém e o Chega, que propôs um referendo à imigração, o líder da IL foi claro: "Creio que, do ponto de vista formal, é uma aldrabice. Do ponto de vista substancial é uma má solução das quotas, que é aquilo que está em causa", rematou.

Leia Também: "O Presidente da República não tem poder para desencadear referendos"

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