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IL acusa PSD de ceder ao PS e seguir caminho do "que se lixe o país"

O presidente da Iniciativa Liberal acusou hoje o PSD de estar a ceder ao PS nas negociações do Orçamento de Estado para 2025 e seguir um caminho em que começa "a dizer que se lixe o país".

IL acusa PSD de ceder ao PS e seguir caminho do "que se lixe o país"
Notícias ao Minuto

18:06 - 30/08/24 por Lusa

Política OE2025

"Eu recordo que já houve momentos em que se defendia qualquer coisa como 'que se lixem as eleições'. E, agora, parece-me que estamos num caminho em que o PSD começa a dizer 'que se lixe o país', e isso, de facto, parece-nos muito preocupante, não por nós, mas pelo país", afirmou Rui Rocha à margem de uma visita à AgroSemana -- Feira Agrícola do Norte na Póvoa de Varzim, no distrito do Porto.

 

O líder liberal disse que os sinais que tem recebido nos últimos meses do PSD são de cedência ao PS e que, caso esse seja o caminho escolhido, "o país vai ter mais do mesmo".

"Ora, para esse tipo de posicionamento, nós não estamos disponíveis", garantiu.

E insistiu: "Se é para ter um país semelhante àquele que tínhamos com António Costa [ex-primeiro-ministro], não estamos disponíveis e não viabilizaremos um orçamento que perpetua alguns dos piores vícios políticos com uma compra de clientelas sem assegurar a reestruturação e a reforma".

A preocupação da IL é que se for verdade que o PSD vai negociar com o PS o Orçamento de Estado no final, aquilo que são os desígnios fundamentais do país, acabem por não ficar refletidos, justificou.

"Nós sabemos bem que o que o PS deseja é um país em que há uma distribuição de uma riqueza que não se cria e, portanto, nós temos que criar riqueza", frisou.

Dizendo que com a IL não há troca de correspondência, ao contrário do que acontece entre PSD e PS, Rui Rocha lembrou que a posição dos liberais "é muito clara", motivo pelo qual está "extremamente tranquilo".

"Aquilo que nós desejamos e exigimos para o país é que haja uma mudança estrutural da economia e da sociedade portuguesa. Nós queremos um país que muda não porque a mudança em si é boa, mas porque o país precisa mesmo de mudar", sublinhou.

O presidente da IL afirmou ainda que quem está "talvez um bocadinho calmo demais" para um país que precisa de mudar é o primeiro-ministro, Luís Montenegro.

"Nós a estagnação já tivemos, o que queríamos ver era energia, motivação, capacidade de inovar, coragem e, isso, temos visto muito menos do que aquilo que desejávamos", especificou.

Portugal precisa de pôr de a economia a crescer, de dar perspetivas profissionais aos jovens, que a saúde funcione e, sobretudo, o Estado, defendeu.

Eexemplificando, Rui Rocha assumiu que o assalto ao edifício da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna na madrugada de quarta-feira é "um exemplo de que algo não funciona".

"Isso faz-nos pensar que o Estado não está a funcionar em muitas áreas que são nucleares. ÀS vezes mete-se em muitas coisas que não lhe dizem tanto respeito e não assegura o seu funcionamento básico", concluiu.

[Notícia atualizada às 18h44]

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