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PCP alerta para "risco muito sério" de confronto nuclear

O secretário-geral do PCP acusou hoje Israel de ter feito "terrorismo de Estado" nos ataques com 'pagers' e 'walkie-talkies' no Líbano e alertou para um "risco muito sério" de confronto nuclear.

PCP alerta para "risco muito sério" de confronto nuclear
Notícias ao Minuto

23/09/24 12:46 ‧ Há 2 Horas por Lusa

Política Médio Oriente

Em conferência de imprensa na sede nacional do PCP, de apresentação das conclusões da reunião do Comité Central do PCP, que decorreu este fim de semana, Paulo Raimundo acusou Israel de "pensar que manda no Médio Oriente".

 

"Tanto bombardeia a Palestina - Gaza e a Cisjordânia - como decide bombardear agora o Líbano. E vamos lá ver se nos entendemos: bombardear o Líbano não é bombardear o Hezbollah. Cada bomba que cai, o alvo dirigido não é este ou aquele membro do Hezbollah", afirmou, considerando que o ataque com 'pagers' e 'walkie-talkies' foi "terrorismo de Estado".

"Aquilo é terrorismo de Estado, não há outra forma de dizer. Nós estamos perante este genocídio que está em curso e que parece que alguns, nomeadamente o regime israelita, estão determinados em levar por diante e que é preciso travar", disse.

O secretário-geral do PCP disse ainda que lhe custa "a forma muito leviana, muitas vezes, com que algumas pessoas utilizam a expressão 'guerra', falam da morte com se estivéssemos perante um jogo de computador ou filme de Hollywood".

"A guerra não é isso: é destruição, morte. É preciso travar a destruição e a morte, e estamos muito preocupados com esta escalada militar, que tem expressão concreta no Líbano e na Palestina, em particular, mas também tem outras expressões, e que é preciso travar", afirmou.

Paulo Raimundo disse que "há alguns muito motivados" para a guerra, mas é agora preciso "que a maioria se motive pela paz", afirmando que está em causa "o risco de um conflito militar entre potências nucleares".

"Nós estamos perante riscos muito grandes e muito sérios de escalada militar e de confrontação militar e guerra com dimensões incalculáveis e precisamos de nos empenhar todos nos esforços da paz. É isso que o Governo português" deve fazer, disse.

Nesta conferência de imprensa, Paulo Raimundo foi ainda questionado sobre os números hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE), que indicam que Portugal registou um excedente de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro semestre.

Na resposta, o secretário-geral do PCP considerou que "há um excedente à custa dos salários, das pensões, do desinvestimento na escola pública e no Serviço Nacional de Saúde (SNS)".

"Se conjugarmos este desinvestimentos e ataque aos salários, às pensões, e o pagamento da dívida, então vamos ver que esse desinvestimento ainda é muito superior ao excedente orçamental que aí está", referiu.

O líder do PCP abordou ainda os incêndios que assolaram o país na semana passada, defendendo que agora "é o momento de concretizar rápidos apoios às vítimas deste drama e de fazer opções", criticando "todos os que demagogicamente vêm repetir velhas e gastas declarações de intenções, prometer e exigir tudo agora".

"Como se não tivessem nada a ver com as opções de fundo que nos trouxeram a este ciclo infernal de incêndios. (...) Veremos como alguns desses se comportam perante a proposta do Estatuto Social do Bombeiro, iniciativa que o PCP vai levar à Assembleia da República a partir de agendamento potestativo no dia 09 de outubro", disse.

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