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Ventura? "Enche-se de invocações" para "instilar ódio e semear divisão"

O socialista Augusto Santos Silva criticou o facto de André Ventura ter discursado numa manifestação contra a imigração com a bandeira portuguesa presa na presilha das calças.

Ventura? "Enche-se de invocações" para "instilar ódio e semear divisão"
Notícias ao Minuto

01/10/24 07:38 ‧ Há 2 Horas por Notícias ao Minuto

Política Augusto Santos Silva

 

O ex-presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, criticou, na segunda-feira, o líder do Chega, André Ventura, a quem acusou de "hipocrisia" e "instilar o ódio e semear a divisão".

"Vejo imagens do líder da extrema-direita com a bandeira portuguesa feita trapo, amarfanhada, a sair das calças", começou por referir o socialista na rede social Facebook, referindo-se ao facto de André Ventura ter discursado numa manifestação do Chega contra a imigração, em Lisboa, com a bandeira presa na presilha das calças, como pode ver no vídeo abaixo.

"E confirmo, pela enésima vez, a enorme hipocrisia desta gente", acrescentou Santos Silva.

Para o político, a boca de André Ventura "enche-se de invocações da Pátria, da Nação, da História, da Bandeira, tudo com estridentes maiúsculas", mas "apenas para instilar o ódio e semear a divisão".

"Que nenhum respeito os move pela riqueza da nossa história, pela diversidade da nossa pátria, pela pluralidade da nossa nação - e pelos seus símbolos sagrados, a começar pela bandeira verde e rubra, a bandeira da República democrática", rematou.

As críticas de Santos Silva, sublinhe-se, surgiram um dia após milhares de pessoas terem protestado em duas manifestações antagónicas sobre imigração. Uma das manifestações - contra a imigração - foi convocada pelo Chega e levou à realização de uma contramanifestação de pró-imigrantes.

Segundo Ventura, que descreveu domingo como "um dia histórico", juntaram-se "quase três mil pessoas" para marchar em direção ao Rossio.

Após o fim das manifestações, a Polícia de Segurança Pública (PSP) confirmou que deteve um homem e uma mulher, de 25 e 28 anos, por resistência e coação a funcionário e identificou quatro pessoas "que integravam a manifestação promovida pelo Partido Chega por infração à lei de segurança privada".

Leia Também: Do "histórico" à "reconquista". Assim foram as 'manifs' sobre a imigração

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