PCP propõe que parlamento manifeste pesar pela morte de Odair Moniz

O PCP apresentou hoje um voto de pesar pela morte de Odair Moniz, na segunda-feira, após ter sido baleado por um agente da PSP, pedindo que "as autoridades competentes determinem as circunstâncias da grave e infeliz ocorrência".

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Lusa
23/10/2024 20:07 ‧ há 5 semanas por Lusa

Política

Odair Moniz

No voto de pesar, o PCP refere que Odair Moniz, "cidadão residente no Bairro do Zambujal, no concelho da Amadora, foi morto na madrugada da passada segunda-feira, vítima de alvejamento numa perseguição policial".

 

"Importa que as autoridades competentes determinem as circunstâncias da grave e infeliz ocorrência e que sejam apuradas todas as responsabilidades. É isso que é devido à família e à população do Bairro do Zambujal", lê-se no texto.

Para o partido, nas atuais circunstâncias, "importa ouvir o sentimento da população, garantir que a atuação policial seja adequada e proporcional e prevenir e condenar quaisquer atos violentos e de incitamento à violência".

"A Assembleia da República, reunida em plenário, manifesta o seu pesar pelo falecimento de Odair Moniz e expressa sinceras condolências aos seus familiares e amigos e solidariedade com toda a população do Bairro do Zambujal e do concelho da Amadora", lê-se no voto de pesar.

Odair Moniz, de 43 anos e morador no Bairro do Zambujal, na Amadora, foi baleado por um agente da PSP na madrugada de segunda-feira, no Bairro da Cova da Moura, no mesmo concelho, e morreu pouco depois, no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa.

Segundo a PSP, o homem pôs-se "em fuga" de carro depois de ver uma viatura policial e "entrou em despiste" na Cova da Moura, onde, ao ser abordado pelos agentes, "terá resistido à detenção e tentado agredi-los com recurso a arma branca".

A associação SOS Racismo e o movimento Vida Justa contestaram a versão policial e exigiram uma investigação "séria e isenta" para apurar "todas as responsabilidades", considerando que está em causa "uma cultura de impunidade" nas polícias.

A Inspeção-Geral da Administração Interna abriu um inquérito urgente e também a PSP anunciou um inquérito interno, enquanto o agente que baleou o homem foi constituído arguido.

Leia Também: Conselho Metropolitano considera "inadmissível" recurso à violência

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