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Desacatos na AML. Ex-ministro diz que está a ser criada "'guetização'"

O antigo ministro da Administração Interna, Ângelo Correia, falou acerca dos desacatos na Área Metropolitana e da ação de jovens "marginalizados pelo próprio sistema de vida que têm".

Desacatos na AML. Ex-ministro diz que está a ser criada "'guetização'"
Notícias ao Minuto

25/10/24 09:29 ‧ Há 1 Hora por Notícias ao Minuto

Política Amadora

O antigo ministro da Administração Interna Ângelo Correia comentou, esta quinta-feira, os tumultos que estão a Área Metropolitana de Lisboa esta semana, abordando também a importância das aulas de Cidadania.

 

"Quando os problemas da sociedade não são resolvidos, os problemas de identidade, de integração, de aculturação, de inclusão, de mobilidade, de capacidade e exercício laboral, de exercício estudantil. Quando nenhum destes problemas é resolvido, descambam todos sobre a segurança interna, que é quem paga a fatura e tem de intervir. O que é lamentável, mas é necessário", defendeu em declarações à SIC Notícias.

O antigo governante apontou ainda que as ocorrências não seriam consequência de uma "revolta de bairros", mas de grupos "reduzidos de jovens". Ângelo Correia falou ainda da necessidade da disciplina de Cidadania, dado que os jovens em questão são "são pessoas marginalizadas pelo próprio sistema de vida que têm".

Sublinhando ainda que tem vindo a existir uma falta de aproximação do Estado aos bairros conhecidos como "periféricos" e aos seus cidadãos, o antigo governante falou também das falhas na inexistência das 'bodycam' - argumentando que as câmaras iriam indicar o comportamento "de uns e de outros" nas mais variadas situações.

Já quanto à lacuna na atuação do Estado, considerou: "O Estado está presente numa área que é do seu território, mas que as populações não sentem que é seu território. Sem querer, nós estamos a criar um fenómeno de 'guetização' de uma população que está num Estado, mas o Estado não o serve", atirou.

A Área Metropolitana de Lisboa tem sido alvo de desacatos, depois a morte de Odair Moniz, na madrugada de segunda-feira. O homem, de 43 anos, foi baleado por um agente da PSP nessa madrugada, no Bairro da Cova da Moura, na Amadora, e morreu pouco depois, no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa.

Na segunda-feira, o Ministério da Administração Interna determinou à Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) a abertura de um inquérito urgente e também a PSP anunciou a abertura de um inquérito interno para apurar as circunstâncias da ocorrência.

O agente que baleou o homem foi constituído arguido, indicou fonte da Polícia Judiciária.

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