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BE quer que privatização da TAP passe obrigatoriamente pelo parlamento

O BE quer introduzir no Orçamento do Estado para 2025 uma norma que obrigue que a privatização da TAP seja votada pela Assembleia da República, rejeitando processos deste tipo "sem escrutínio ou debate".

BE quer que privatização da TAP passe obrigatoriamente pelo parlamento
Notícias ao Minuto

15/11/24 13:16 ‧ Há 2 Horas por Lusa

Política OE2025

Esta é uma das 300 propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2025 que o BE vai entregar no âmbito da discussão na especialidade e que foram hoje apresentadas pela coordenadora do partido, Mariana Mortágua, em conferência de imprensa na Assembleia da República.

 

"Introduzimos uma norma bastante simples e parece-me bastante sensata que diz que a TAP não pode ser privatizada sem o Parlamento ser consultado. Que desastre seria se a TAP fosse privatizada sem sequer que para isso existisse uma maioria na Assembleia da República. E não parece existir", argumentou a bloquista.

A coordenadora do BE manifestou-se contra qualquer privatização mas também rejeitou "privatizações que são feitas pela calada da noite, sem escrutínio nenhum, sem debate nenhum".

"E, por isso, o mínimo que é possível exigir é que esse debate seja feito na Assembleia da República. E aí cada partido irá dizer o que é que pensa e qual a sua posição. O Bloco de Esquerda é contra a privatização da TAP e queremos votar contra e por isso queremos uma norma que obrigue a privatização a vir, caso aconteça, à Assembleia da República e a ser votada", sublinhou.

A dirigente do BE sintetizou as várias propostas que o partido já entregou no âmbito da discussão orçamental e que têm como objetivo "retirar más medidas do Orçamento" e "propor alternativas".

Mortágua voltou a manifestar-se contra a autorização legislativa do Governo que pretende alterar a Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas, criticando o executivo por não ter esclarecido até hoje o que pretende alterar em concreto, rejeitou a regra de apenas integrar um funcionário público quando outro sai e quer impedir a venda de património público no valor de 900 milhões de euros.

A deputada lembrou que desde 2017 que os orçamentos tinham uma norma que impedia que as cativações fossem superiores a 90% do valor daquele ano, regra que os bloquistas querem reintroduzir.

O BE propõe ainda que o subsídio de refeição passe a ser universal, estendendo este direito aos trabalhadores do setor privado, várias reduções nos valores dos passes para transportes públicos e o aumento da comparticipação de medicamentos e aparelhos auditivos, dentários e próteses, que pode chegar aos 100% para pessoas cujo rendimento seja inferior a 14 salários mínimos nacionais.

A taxação de fortunas acima dos três milhões de euros, a criação de um imposto "Elon Musk" para taxar grandes empresas de serviços digitais, e a redução da taxa mínima do IVA para 5%, e da intermédia para 12%, são outras das propostas apresentadas.

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