Em declarações aos jornalistas no final do 22.º Congresso do PCP, em Almada, João Torres lembrou as diferenças de posição entre socialistas e comunistas nomeadamente em matérias como a guerra na Ucrânia em que, disse, o PS condenou "desde a primeira hora a invasão pela Federação Russa, algo que o PCP não fez".
João Torres lembrou ainda os tempos da Geringonça em que foi "possível convergir em matérias fundamentalmente de força social, num momento importante para o país", embora, ressalvou, deixando "muito claras as divergências" entre as duas forças.
O deputado socialista considerou que é "muito importante que a esquerda esteja unida no combate a este Governo, que é um Governo sem credibilidade e não responde às necessidades das portuguesas e dos portugueses".
João Torres apelou ao PCP - que, ao longo do Congresso, repetiu várias críticas aos socialistas - para que "nunca se enganem nos alvos".
O deputado socialista argumentou que quando o PCP ataca o PS está a "perder a sua energia e o seu tempo num contexto que não tem sido ascendente" para o partido.
"É muito importante que não se confundam os alvos. Nós no Partido Socialista nunca confundimos os alvos e espero que o Partido Comunista Português também, de agora em diante, não os confunda", disse.
O socialista saudou ainda o PCP pela realização do Congresso, bem como Paulo Raimundo e todos os órgãos eleitos nesta reunião magna, fazendo votos de um bom trabalho e bom mandato.
O PS fez-se representar neste Congresso pelos deputados João Torres, Eurídice Pereira e Ivan Gonçalves.
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