O secretário-geral do Partido Socialista, Pedro Nuno Santos, afirmou esta manhã, em Barcelos, que a "razão de alarme" para com o aumento dos combustíveis hoje registado, tem a ver com "a repetição sistemática do primeiro-ministro de que não haveria impostos".
"Os portugueses hoje encontraram um dos maiores aumentos semanais dos últimos dois ou três anos", apontou, considerando que "a razão de alarme tem a ver não só com o aumento mas com a repetição sistematicamente de que não haveria impostos".
O socialista prosseguiu explicando que é "importante perceber" a razão do aumento, referindo que "o leilão do comércio de emissões fez com que houvesse uma redução da taxa de carbono", o que resultou no aumento do ISP.
"O Governo português fez aquilo que há semanas dizia que não faria. Não vale a pena enganarmo-nos, se queremos que os políticos tenham credibilidade, temos de dizer a verdade", atirou, reforçando que "parte do aumento decorre de uma decisão do governo de aumentar o ISP".
Confrontado sobre o facto de Luís Montenegro, momentos antes, ter afirmado que a situação não era preocupante e que "não estamos em cenário de escalada constante", Pedro Nuno Santos não hesitou em reagir: "Não estamos perante um aumento? Estamos, estamos, não nos enganemos"
"Estes aumentos pesam muito mais sobre trabalhadores são eles que sofrem mais com estes aumentos, que não são impostos sobre rendimentos, são impostos sobre consumo", alertou.
Recorde-se que a partir desta segunda-feira, o gasóleo vai custar aproximadamente mais 5,5 cêntimos por litro, enquanto o valor da gasolina ficará três cêntimos mais caro, de acordo com as previsões do Automóvel Club de Portugal (ACP).
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