Chega acredita que será premiado por ter contribuído para derrubar Governo

O cabeça de lista do Chega às eleições antecipadas de 23 de março na Madeira, Miguel Castro, mostrou-se hoje convicto de que o partido será premiado por ter contribuído para derrubar o Governo Regional minoritário do PSD.

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© Reprodução/Facebook

Lusa
07/02/2025 16:15 ‧ há 2 horas por Lusa

Política

Madeira

"As nossas expectativas são as melhores, até porque foi o Chega que teve a coragem de sair da sua zona de conforto, de abdicar do conforto das cadeiras da Assembleia [Legislativa] e romper com o sistema instalado", afirmou.

 

Miguel Castro, que falava após a entrega da lista de candidatos do Chega no Tribunal da Madeira, no Funchal, salientou que a moção de censura apresentada pelo partido foi aprovada com o voto favorável de todos os partidos da oposição regional, em 17 de dezembro de 2024.

"Tivemos a coragem, ao apresentar esta moção de censura, precisamente de manifestar o nosso sentido de responsabilidade e de mostrar aos madeirenses que não podemos compactuar mais com um Governo que pugna pela falta de transparência, pelos indícios de corrupção e pelo compadrio que está instalado na Região Autónoma da Madeira", declarou.

O cabeça de lista do Chega, também líder da estrutura regional do partido e do grupo parlamentar na Assembleia Legislativa, considera que os madeirenses devem ter "mais uma oportunidade de escolher aqueles que querem ver representados no parlamento e na governação" da região, vincando que a expectativa é aumentar a votação.

"Temos a forte convicção de que vamos ser premiados pela coragem que tivemos e que outros partidos, que acompanham este sistema instalado há 50 anos, nunca tiveram", afirmou, reforçando: "Nós estamos no parlamento há cerca de dois anos [desde setembro de 2023] e tivemos a coragem de romper com o sistema [com] que não concordamos e que está manchado pela teia da corrupção, pela falta de transparência e é isso que nós queremos acabar".

O Chega tem atualmente quatro deputados no parlamento regional.

Nas últimas eleições regionais, realizadas em maio do ano passado, conquistou 12.562 votos (9,44%), tendo sido a quarta força política mais votada num total de 14 concorrentes.

Na lista do Chega, seguem-se Manuela Gonçalves, Hugo Nunes, Celestino Sebastião e Roberto Gonçalves.

"Queremos que os madeirenses e os porto-santenses tenham um governo transparente, um governo que defende os direitos dos cidadãos, um governo que defende os direitos das empresas e não um governo que continue a defender os direitos dos amigos e os direitos dos grandes grupos económicos, deixando sempre os cidadãos marginalizados e com fracos recursos", disse Miguel Castro.

O cabeça de lista reagiu, por outro lado, às notícias divulgadas hoje na imprensa regional dando conta de que a deputada do Chega no parlamento madeirense Magna Costa tinha submetido uma lista alternativa de candidatos à direção nacional do partido.

"Ainda hoje falei com o presidente André Ventura e o que ele me disse foi que não chegou nenhuma lista apresentada pela deputada Magna Costa", afirmou, acrescentando: "Acho que isso é mais uma inverdade que essa deputada anda aí a dizer, mas, de qualquer forma, que fique bem claro que a deputada Magna Costa não consta da minha lista porque não tem a minha confiança política".

O Governo Regional minoritário do PSD foi derrubado em 17 de dezembro de 2024 com a aprovação da moção de censura apresentada pelo Chega, que a justificou com as diferentes investigações judiciais envolvendo o chefe do executivo, Miguel Albuquerque, e quatro secretários regionais, todos constituídos arguidos. Entretanto, o inquérito de um deles -- Eduardo Jesus, secretário de Economia, Turismo e Cultura - foi arquivado pelo Ministério Público.

A aprovação da moção de censura, inédita no arquipélago, implicou, segundo o respetivo o Estatuto Político-Administrativo, a demissão do Governo Regional, constituído em 06 de junho do mesmo ano, que permanecerá em funções até à posse do novo executivo.

Face a esta situação política, e depois de convocar o Conselho de Estado, em 17 de janeiro, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou a decisão de dissolver o parlamento madeirense e convocar novas eleições regionais antecipadas em 23 de março -- o terceiro sufrágio em cerca de um ano e meio.

Leia Também: Albuquerque diz que arguidos na lista do PSD não prejudicam a candidatura

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