Ministra da Saúde tem cada vez menos condições para continuar

O presidente da Iniciativa Liberal defendeu hoje que é o tempo de a ministra da Saúde tirar "consequências políticas" do caso do INEM, considerando que Ana Paula Martins tem cada vez menos condições para continuar no cargo.

Notícia

© Getty Images

Lusa
27/02/2025 12:10 ‧ há 3 horas por Lusa

Política

Rui Rocha

"A ministra da Saúde, relativamente às conclusões ainda preliminares do relatório da IGAS, coloca-se na situação em que ela própria se colocou, porque, quando a questão se colocou, a senhora ministra disse que, quando houvesse um relatório, quando houvesse conclusões, teria que tirar responsabilidades políticas e consequências políticas. Agora já temos o relatório, é o momento de retirar consequências políticas", afirmou.

 

Rui Rocha apontou como "muito provável que tenha havido mortes de portugueses porque não houve uma resposta" do INEM, e "isso é uma situação absolutamente intolerável".

"Eu não estou a dizer que a ministra tem uma responsabilidade direta, mas há uma coisa muito importante que é a responsabilidade política. Se isso aconteceu em função de um mau funcionamento do seu ministério, eu creio que há consequências políticas a tirar", defendeu, acrescentando que a própria ministra "deve por em causa a sua própria continuidade".

Falando aos jornalistas na Assembleia da República, Rui Rocha afirmou que "dia a dia essas condições [para continuar no cargo] estão-se a degradar" e que "o que está em causa é mesmo a situação da ministra da Saúde" por causa "desta situação, mas [também] de muitas outras coisas".

"Se somarmos a situação do INEM a toda a incapacidade política que a ministra tem revelado relativamente às questões mais diversas, como por exemplo a questão do Hospital Amadora-Sintra, eu diria que a secretária de Estado da Gestão da Saúde já devia ter saído e tenho muitas dúvidas que seja ainda a ministra em funções que vá tomar essa decisão, se não será já outra pessoa que tem que tomar essa decisão", disse.

Rui Rocha considerou igualmente que as conclusões da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) confirmam que também a secretária de Estado Cristina Vaz Tomé "não tem condições para continuar em funções".

O líder da IL assinalou a última audição da ministra Ana Paula Martins no parlamento foi "perturbadora, porque não sabia o que fazer no Hospital Amadora-Sintra, não tinha dados, não conseguia dar respostas".

"Nós temos de ter uma ministra da Saúde que tem respostas, que tem soluções, e nada disso tem acontecido", criticou.

A inspeção que analisou o impacto da greve dos técnicos de emergência no ano passado concluiu que o INEM ficou impedido de definir os serviços mínimos por não ter recebido atempadamente do Ministério da Saúde os pré-avisos dos sindicatos.

Segundo o relatório preliminar da IGAS, divulgado na quarta-feira, o INEM "não recebeu atempadamente a comunicação de pré-avisos das greves gerais convocadas para os dias 31 de outubro e 4 de novembro".

Nesse sentido, "não tendo conhecimento dos detalhes neles constantes quanto ao tipo e duração das greves, bem como dos serviços mínimos propostos, ficou inviabilizada a possibilidade de eventual contestação dos serviços mínimos tendente à sua negociação".

Leia Também: Ministra diz que parcerias público-privadas na saúde podem regressar

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas