Segundo o grupo parlamentar do PS, as declarações de Domingos Lopes, atual presidente do IEFP, ao jornal O Mirante (do distrito de Santarém) sobre Francisco Madelino, que dirigiu o instituto "há mais de uma década" e é o candidato socialista à Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, têm "uma índole política, cariz partidário e até interferência ativa numa disputa autárquica local em curso que são inaceitáveis num dirigente de topo da administração pública".
Os socialistas consideram que a "entrevista inclui considerações falsas e enviesadas que incluem alegadas tentativas políticas passadas para 'matar o IEFP'" que "são desmentidas pela realidade" e que são "referentes a um período em que o próprio era já dirigente e passou mesmo a estar em plenas funções na liderança do Instituto".
"O 'timing' e o enquadramento político-partidário da entrevista concedida são evidentes e as consequências regionais e locais de uma entrevista que é dada enquanto Presidente do IEFP com referências negativas a um candidato autárquico também, tendo assim interferência direta no jogo eleitoral em curso", defendeu o PS no seu requerimento, considerando que "esta prática merece repúdio e suscita séria preocupação sobre a conduta em causa".
Entre outras acusações, na entrevista a O Mirante, Domingos Lopes considera que Francisco Madelino "não defendeu o IEFP, nem valorizou o serviço público de emprego ao acabar com as carreiras específicas".
"Dizia aos funcionários nos serviços centrais que ou se portavam bem ou iam trabalhar para um centro de emprego como castigo, criando uma imagem dos centros como se fossem o degredo. Neste momento tenho dificuldade em arranjar pessoas para trabalharem nessas funções, mesmo como dirigentes", acrescentou o atual presidente do IEFP.
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