"Faço aqui um apelo ao PSD e, em particular, ao dr. Miguel Albuquerque. Que consigam, de uma vez por todas, criar condições para termos um Governo estável. Um Governo para quatro anos. Os madeirenses não querem mais eleições", afirmou Gonçalo Maia Cabelo.
O candidato da Iniciativa Liberal às eleições antecipadas no arquipélago da Madeira falava aos jornalistas no rescaldo do ato eleitoral, ganho pelo PSD, que elegeu 23 deputados, menos um que os necessários para a maioria absoluta.
Ao mesmo tempo que instou o PSD a encontrar uma "solução governativa para os próximos quatro anos", Gonçalo Maia Cabelo negou qualquer colaboração com um Governo liderado por Miguel Albuquerque.
"A nossa posição é conhecida por todos. Nós, com um Governo liderado pelo dr. Albuquerque, não estaremos disponíveis para colaborar. Serei uma oposição responsável, moderada. Criaremos todas as condições para que a Madeira tenha um Governo para quatro anos", insistiu.
O PSD venceu as regionais de hoje na Madeira, com 43,43% dos votos e 23 mandatos, enquanto o Juntos Pelo Povo (JPP) passou a segunda força política, com 21%, e o PS caiu para terceiro, com 15,6%.
O Chega conseguiu 5,47%, o CDS-PP 3,0% e a Iniciativa Liberal 2,17%, segundo os dados provisórios da Secretaria-Geral do Ministério de Administração Interna - Administração Eleitoral.
O PAN não conseguiu manter a deputada que tinha no parlamento, e o BE e a CDU continuaram sem conseguir regressar.
Mais de 255 mil eleitores foram hoje chamados a votar nas legislativas regionais antecipadas da Madeira para escolher a nova composição do parlamento do arquipélago, com 14 candidaturas na corrida.
Estas foram as terceiras legislativas realizadas na Madeira em cerca de um ano e meio, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega - que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional, inclusive o presidente, Miguel Albuquerque (PSD) - e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.
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