António José Seguro defendeu na quinta-feira, no seu espaço de comentário semanal na CNN Portugal, que "as questões da ética devem estar em cima da mesa" durante a próxima campanha eleitoral. Porém, sustentou que os candidatos às Legislativas devem fazer "um pacto de não agressão".
"Que a campanha eleitoral sirva para esclarecer mais do que foi possível esclarecer no Parlamento, isso parece-me inevitável. Centrar a campanha exclusivamente ou maioritariamente nesse tema [Spinumviva] já me parece um erro", começou por dizer, acrescentando que "precisamos de defender a democracia".
Sobre o polémico cartaz do Chega - que colocou Luís Montenegro e José Sócrates lado a lado, alegando que são ambos corruptos - o antigo secretário-geral do PS e putativo candidato às Presidenciais de 2026 sublinhou que a "liberdade de expressão não significa falsidades, insinuações, insultos" e que deseja que "os eleitores no momento do voto saibam punir quem em vez de apresentar propostas insulta e insinua".
Seguro alertou ainda que, "nas últimas duas semanas, houve um aumento muito grande de noticias falsas e também começa a haver uma generalização a partir de factos pontuais, designadamente sobre o tema da corrupção".
"É um clássico. Ora é a imigração, ora a corrupção. Quando um ou dois políticos são corruptos diz-se que todos são corruptos", concluiu.
Recorde-se que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, convocou eleições antecipadas para domingo, 18 de maio, depois de o Governo AD ter caído na sequência do chumbo de uma moção de confiança.
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