Ângela Almeida, deputada do PSD na atual legislatura, foi indicada pela concelhia do PSD/Aveiro para as Eleições Legislativas de maio, contudo, acabou excluída das listas por ter mentido sobre as suas qualificações académicas. A informação foi confirmada pelo presidente da distrital de Aveiro do PSD, Emídio Sousa, ao Observador.
A polémica teve início após uma notícia da Ria - Rádio Universitária de Aveiro, que dava conta de Ângela Almeida não era licenciada em Português, Latim e Grego pela Universidade de Aveiro, tal como indica o site oficial da Assembleia da República e a página de Internet do PSD. A informação foi confirmada pela própria instituição de Ensino Superior: "Em resposta ao solicitado informamos que Ângela Maria Bento Rodrigues Nunes e Saraiva de Almeida não concluiu, na Universidade de Aveiro, a Licenciatura em Português, Latim e Grego".
Confrontada com estes factos, a ainda deputada, que é também presidente da junta de freguesia da Esgueira, afirmou à Ria que "não precisa de provar nada a ninguém, está tudo provado", sugerindo ainda que em causa estava uma "maledicência".
Tal como destaca o Observador, as falsas referências às habilitações literárias de Ângela Almeida vêm de anos anteriores e aparecem, inclusive, em Diário da República. De notar que, apesar de a Assembleia da República estar dissolvida, a parlamentar continua a receber o vencimento até ao novo Parlamento.
Leia Também: Hugo Carneiro acusa Pedro Nuno Santos de seguir estratégia do Chega