Privatização da EGF feita também por "razões conceptuais"
Para o ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, a privatização da EGF teve razões de ?encaixe financeiro? mas também ?conceptuais?, admitiu à antena da TVI 24.
© Global Imagens
Política Jorge Moreira da Silva
Em entrevista ao programa ‘Política Mesmo’, da TVI 24, Jorge Moreira da Silva, ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, afirmou que a privatização da EGF foi feita não só porque era “necessário o encaixe financeiro” mas também por “razões conceptuais” e de “verdadeira reforma do Estado”.
Recorde-se que a EGF, empresa estatal responsável pelo tratamento de mais de 60% do lixo do país, foi vendida à Mota-Engil, em concurso, por 150 milhões de euros, com a empresa vencedora a ter de assumir também cerca de 200 milhões de euros de dívida.
Jorge Moreira da Silva explicou ainda que, na perspetiva do Governo, entende-se que “o Estado pode ser mais forte na regulação, na fiscalização e na concessão se permitir que na prestação direta isso seja feito por um privado", acrescentando também que “não devemos ter um Estado faz-tudo”, razão pela qual esta privatização se faz também por razões ideológicas e não apenas de tesouraria.
Para o ministro esta foi uma “privatização bem-sucedida”, que implicou “um plano que torna as metas ambientais mais exigentes”. Questionado sobre as razões para a privatização de um serviço público, Moreira da Silva afirmou também que se o objetivo fosse “maximizar o lucro” o Governo não teria colocado as exigências que colocou aos candidatos (sete, revelu o ministro) que foram a concurso.
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