"Então ele atacava e eu ficava quieto?"
O Largo do Rato é muito pequeno para dois 'Antónios'. Por isso, António José Seguro repudia, em entrevista ao Jornal de Notícias, qualquer entendimento futuro com António Costa, que diz ter traído o partido e a própria figura do secretário-geral. Para Seguro, o atual presidente da Câmara Municipal de Lisboa é responsável pela crise no partido, criada para dar ?expressão à sua ambição pessoal?.
© Reuters
Política António José Seguro
“António Costa deu expressão à sua ambição pessoal”, afirmou António José Seguro, em entrevista ao Jornal de Notícias, na edição desta sexta-feira. O secretário-geral do PS garante ter direito a defender-se dos ataques do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, culpando-o da instabilidade no partido e de estar a desviar as atenções do que é realmente importante.
“Então ele atacava e eu ficava quieto? O António Costa criou uma crise interna no PS e eu não me defendia? (…) Agora não escondo, porque não sou irrealista, que esta situação retira energias para estarmos permanentemente no combate ao Governo e no combate a esta política de empobrecimento”, defende o socialista.
Se se sentiu traído? “Claro, completamente”, reforça Seguro. “Foi um ato de grande deslealdade para com o secretário-geral do PS mas, fundamentalmente, para com o PS. Isto fere a cultura do PS porque nunca em 40 anos houve qualquer líder que tivesse sido contestado tendo ganho as eleições”.
Se ganhar as eleições primárias, este fim de semana, algo que Seguro tem como uma certeza incondicional, António Costa não vai fazer parte da sua equipa. “António Costa deve cumprir o seu mandato como presidente da Câmara de Lisboa”, fazendo jus ao que disse “há três anos”: que “a Câmara de Lisboa precisava de um presidente em dedicação exclusiva”, lembra.
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