BdP "precisou obviamente da colaboração do Governo"
O ex-ministro socialista Teixeira dos Santos adiantou, em entrevista à TSF, que não acredita que a intervenção do Banco de Portugal (BdP) no caso BES tenha acontecido sem a colaboração do Governo e sublinhou que a resolução da crise tem que ser concertada com o Executivo.
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Política Teixeira dos Santos
“Eu penso que o Banco de Portugal para implementar e avançar com a decisão que anunciou precisou obviamente da colaboração do Governo para criar o quadro jurídico necessário para poder intervir e poder fazer o que fez. Isso penso que é óbvio pela necessidade que o Governo teve de legislar e não poderia legislar sem estar ao corrente daquilo que era necessário fazer”, afirmou Teixeira dos Santos, em declarações à TSF.
Teixeira dos Santos foi supervisor à frente da CMVM e simultaneamente responsável político, adiantando portanto que, tal como no caso BPN, a resolução do BES tem que ser concertada com o Governo.
“No caso concreto em que eu vivi que levou a uma intervenção pública nessa instituição eu não o poderia ter feito sem o apoio do Banco de Portugal e uma relação estreita entre o Banco de Portugal e o Ministério das Finanças para ser tomada a decisão que foi tomada na altura”, sustentou.
Quando questionado por um deputado do PCP sobre se não acreditava na palavra de Maria Luís Albuquerque, que atribui a responsabilidade das decisões apenas ao supervisor, o ex-ministro socialista adiantou que não acredita que “a esse nível de responsabilidade e com o que está em curso a nível europeu e ao nível governativo que as pessoas se possam dar ao luxo de mentir”.
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