Só maioria absoluta pode evitar "empurrão a coligação à direita"
O socialista Sérgio Sousa Pinto, em entrevista ao jornal i, não nega as implicações negativas que a prisão de José Sócrates pode ter no partido, e alerta o partido para que não intervenha em questões judiciais, como já fez anteriormente, por exemplo, no caso Casa Pia. Acredita, porém, que a maioria ainda é algo alcançável.
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Política Sousa Pinto
Para o deputado socialista Sérgio Sousa Pinto a prisão de Sócrates abalou inevitavelmente o PS, mas este deve ser capaz de se erguer e dar uma resposta alternativa ao país. Crente de que é ainda possível uma “maioria possível” e rejeita qualquer entendimento com esta direita.
“A prisão de José Sócrates foi um grande choque com implicações politica e psicológicas”, começa por afirmar em entrevista ao jornal i, para depois acrescentar: “independentemente dos estados de alma, o PS é uma instituição da democracia portuguesa e as obrigações do PS são para com o país”.
Considerando que o envolvimento neste caso seria “um grande erro”, o deputado defende que a “prioridades das pessoas é a construção de uma alternativa credível de poder”.
Admirador de Mário Soares, com quem partilha a autoria de um livro, o socialista defende que o partido ‘rosa’ de agora é o PS de Mário Soares, pois “reconhece as suas grandes realizações” e vai buscar a sua “inspiração”, mas acha que ainda lhe falta muita “ad sua audácia”.
Para o deputado, o PS “pode alcançar a maioria absoluta”, algo que é necessário “para não ser empurrado para uma coligação com a direita”.
“As condições do país são difíceis mas o PS não quer um entendimento com a direita em que seria difícil encontrar uma plataforma governativa comum, quando as análises sobre o país são tão diferentes”, diz.
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