"As instituições democráticas estão cegas, surdas e mudas"
“Como é que é possível que as instituições democráticas estejam como os três macaquinhos, cegas, surdas e mudas? O povo português merece mais do que isto! Nós, que nos orgulhamos dos nossos índices civilizacionais, como é possível vivermos assim?”, começa por questionar o ex-ministro das Obras Públicas, João Cravinho em declarações ao jornal i sobre a atual situação que o país atravessa.
© Global Imagens
Política João Cravinho
A sequência de vários escândalos em Portugal deu origem à palavra corrupção e foi nesse sentido que o ex-ministro das Obras Públicas, João Cravinho falou ao jornal i onde questionou as instituições democráticas e os seus papéis.
“Como é que é possível que as instituições democráticas estejam como os três macaquinhos, cegas, surdas e mudas? O povo português merece mais do que isto! Nós, que nos orgulhamos dos nossos índices civilizacionais, como é possível vivermos assim?”, questiona.
João Cravinho defende um “pacto constitucional contra a corrupção” entre os partidos e acrescenta que existe “a ideia de que a corrupção é uma questão de polícia é de uma indigência política e de uma irresponsabilidade política que eu não compreendo”.
“Reduzir a corrupção a um caso de polícia é uma coisa de um primitivismo ao nível do homo erectus”, garante.
Ainda sobre os escândalos, Cravinho admite que está tudo a ser varrido para "debaixo do tapete” e “às suspeitas que toda a gente tem de que estamos só a conhecer a ponta do icebergue”.
João Cravinho denuncia ainda as “condições vergonhosas” em que foi encerrada a comissão parlamentar de inquérito ao caso dos submarinos e que os partidos da oposição “protestaram para efeitos de registo”, mas “não tiram consequências do ponto de vista constitucional”.
“Ninguém tugiu nem mugiu”, afirma Cravinho, rematando que “tudo se passa como se não tivesse significado nem fosse importante".
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com