"Há ambiente de claustrofobia democrática na festa austeritária"
Na sua habitual coluna de opinião no Diário Económico, Pedro Silva Pereira fala esta sexta-feira sobre o acordo conseguido pela Grécia junto das instituições internacionais.
© Global Imagens
Política Pedro Silva Pereira
Num discurso crítico relativamente aos acordos alcançados entre a Grécia e a Europa, Pedro Silva Pereira refere esta sexta-feira, em artigo de opinião publicado no Diário Económico, o papel contra cíclico do novo governo grego, destacando “o combate travado em defesa de uma alternativa política não austeritária”.
Para o socialista, ainda que a defesa desta linha seja merecedora de “respeito”, “a permanência da Grécia no Euro e as garantias (provisórias) de financiamento do Estado e da economia helénicos foram conseguidos à custa de uma cedência generalizada por parte do Governo grego quanto à execução de uma parte substancial do seu programa político”, antevendo o antigo ministro que possam ter de existir mais cedências.
“O melhor que Alexis Tsipras e Yanis Varoufakis têm para mostrar é o que não está no acordo”, lembra Silva Pereira, dizendo que podem ser consideradas vitórias, por exemplo, a não inclusão no acordo de mais despedimentos ou cortes nos salários e pensões, mas também novos aumentos de impostos.
Para sintetizar a sua linha de pensamento, destaca o antigo governante rosa que a manutenção desta política austeritária demonstra “desprezo pelos resultados eleitorais da Grécia”, falando, por essa razão, num “ambiente pesado de claustrofobia democrática nesta festa da política de austeridade”, que para Silva Pereira tem um rosto: a Alemanha de Merkel e Schäuble.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com