Bloco questiona futuro dos trabalhadores da TAP
O Bloco de Esquerda (BE) questionou o Ministério da Economia sobre o futuro dos trabalhadores do balcão da TAP no Faial, Açores, uma vez que a transportadora decidiu deixar de voar para esta ilha e para a do Pico.
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Política Faial
Num requerimento enviado ao Ministério da Economia, os deputados do BE na Assembleia da República perguntam "que garantias foram dadas sobre o futuro profissional dos trabalhadores do balcão da TAP na cidade da Horta", ilha do Faial, para onde a companhia aérea nacional deixou de voar no domingo.
Estão em vigor desde domingo novas regras nas ligações aéreas entre os Açores e o continente, que incluem a liberalização das rotas para São Miguel (Ponta Delgada) e Terceira e mantêm obrigações de serviço público nas restantes (Faial, Pico e Santa Maria).
A TAP, que até agora voava para São Miguel, Terceira, Faial e Pico, anunciou que só vai continuar a operar nas rotas liberalizadas, o que tem originado protestos nos Açores.
"O serviço público prestado pela companhia aérea nacional (TAP), de capitais públicos, está a ser prejudicado nas ligações aéreas entre a Região Autónoma dos Açores e o continente", considera o BE, no requerimento que enviou ao Governo.
O BE pergunta também ao Ministério da Economia como é que serão "compensados os passageiros da TAP que terão de adiar as suas viagens ou deslocarem-se para outras ilhas para garantir um voo de ligação para Lisboa ou para as ilhas do Faial ou do Pico", uma vez que muitas pessoas haviam já comprado bilhetes à companhia aérea antes de ter sido conhecida a decisão de deixar de operar nestas rotas.
No início do mês, a TAP anunciou que deixaria de voar para o Faial e o Pico e que as reservas já feitas para os seus voos nestas rotas seriam transferidas para os voos da SATA.
Também o presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro, manifestou no domingo "incompreensão" por a TAP, ainda antes de ser privatizada, ter deixado de assumir as suas responsabilidades de serviço público na região, desrespeitando "um compromisso e uma orientação" do próprio Conselho de Ministros.
Vasco Cordeiro disse que quer que se "esclareça em que termos" a TAP tomou esta decisão.
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