Líder regional do CDS critica marca Açores criada pelo Governo
O líder do CDS/PP NOS Açores afirmou hoje que a marca Açores criada pelo Governo Regional para certificar e promover produtos açorianos "é apenas um emblema no papel" e que o executivo deveria aprender com os privados como fazê-lo.
© D.R.
Política Artur Lima
"Não está minimamente estruturada. É apenas um emblema no papel que ninguém conhece e identifica. Está apenas em pensamento há não sei quantos anos e agora aparece com aquela imagemzinha que ninguém associa à qualidade e excelência", afirmou Artur Lima aos jornalistas.
O dirigente dos populares açorianos falava após uma visita à fábrica de lacticínios da BEL, na Ribeira Grande, no âmbito do primeiro dia das VIII Jornadas Parlamentares do CDS/PP Açores, dedicadas ao tema "Agropecuária e Agroindústria: Os desafios do sector produtivo da Região".
A marca Açores, baseada na natureza, foi oficialmente lançada pelo Governo Regional a 30 de janeiro, na ilha Terceira, e poderá ser utilizada por entidades públicas e privadas para certificação e promoção dos seus produtos.
Para Artur Lima, esta marca já deveria estar a funcionar antes do fim das quotas leiteiras, recordando que o CDS/PP propôs em 2008 que produtores, industriais e governo "se sentassem à mesma mesa e criassem uma plataforma de entendimento" para que se pudesse ter uma marca Açores que fosse conhecida no país e na Europa.
"O Governo devia aprender com a privada, que consegue criar emprego, consegue criar produtos de excelência e consegue criar uma marca Açores que é reconhecida no país todo, coisa que o Governo em 20 anos ainda não conseguiu", disse Artur Lima, referindo ter ficado "absolutamente maravilhado com a excelência de trabalho" que encontrou na BEL.
Segundo disse Artur Lima, a empresa criou a sua própria marca, reconhecida por toda a gente, "um trabalho extraordinário que, sobretudo, defende que os animais devem estar em pastagem".
O líder do CDS/PP nos Açores considerou, ainda, que o que o Governo Regional andou a fazer estes anos todos é "quase criminoso" para a indústria, para os produtores e para a imagem dos Açores.
"É quase criminoso a negligência com que o Governo andou a tratar esse assunto ao longo desses anos. Repare que desde 2006 que é praticamente certo que a quota leiteira acabava e o Governo não acreditou e andou sempre a empurrar com a barriga", referiu o dirigente centrista açoriano.
O CDS-PP/Açores já solicitou um debate de urgência, este mês, sobre o fim das quotas leiteiras na Assembleia Legislativa da região, para exigir ao Governo Regional que apresente uma estratégia para o setor.
Artur Lima referiu ainda que para o partido a principal riqueza dos Açores são a Agricultura e as Pescas, encarando o Turismo como uma "riqueza absolutamente lateral".
Além de encontros com a indústria os deputados do CDS/PP vão reunir-se também, ao longo dos dois dias das jornadas parlamentares em S. Miguel com produtores agrícolas.
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