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Partido analisa motivos que levaram ao adiamento da eleição

O secretário-geral indigitado do Partido Democrático Republicano (PDR), Vieira da Cunha, disse hoje à agência Lusa que o partido está a analisar internamente os motivos que levaram ao adiamento da eleição do Conselho Nacional no domingo passado.

Partido analisa motivos que levaram ao adiamento da eleição
Notícias ao Minuto

11:00 - 25/05/15 por Lusa

Política PDR

O PDR elegeu domingo, em Lisboa, o eurodeputado Marinho e Pinto para presidente e adiou a eleição do Conselho Nacional, por "falta de condições para garantir um ato eleitoral isento".

"Estamos a apurar internamente o que se passou", disse à Lusa o secretário-geral indigitado, explicando que não se realizou "votação para o Conselho Nacional, uma vez que não estavam "reunidas as condições necessárias para garantir um ato eleitoral isento".

A eleição do presidente decorreu durante a primeira assembleia-geral de filiados do PDR, de acordo com três comunicados divulgados ao longo do dia de domingo pela comissão organização do encontro do partido, com participantes das várias regiões do país, desde o Minho ao Algarve, Açores e Madeira.

"Como as inscrições podiam ser feitas na hora, apareceu muita gente para se inscrever e houve um descontrolo entre as pessoas que podiam votar legitimamente e as pessoas que podiam participar, mas não tinham direito de voto. Portanto, iria haver uma diferença entre o total de membros com direito de votos e o total de votos que podiam consolidar-se nas urnas", explicou Vieira da Cunha.

Por causa disso, adiantou, "gerou-se uma divergência interpretativa quanto ao regulamento e a única forma de resolver o problema foi suspender a votação e adiar por 15 dias a extensão da assembleia-geral".

Questionado sobre as notícias que dão conta de que entre o grupo de pessoas que iam votar e que terá chegado à hora de almoço, pertencerem alegadamente a um grupo religioso, Vieira da Cunha afirmou "não ter indícios que o confirmem".

"Não há indícios. Quando acontece uma coisa destas levantam-se questões e os ânimos aquecem. Na verdade, inclino-me para o facto de ter havido um descontrolo entre os que estavam inscritos e os que se inscreveram ao abrigo do próprio regulamento, mas que não tinham direito de voto porque estavam a fazê-lo em cima do acontecimento", frisou.

Vieira da Cunha disse ainda que a secretaria-geral do partido já está a reunir os dados para a reelaboração dos cadernos eleitorais.

Ao Conselho Nacional concorriam duas listas: a lista A, encabeçado por Fernando Condesso, e a lista B, por Alexandre Almeida.

A mesa da assembleia-geral ficou constituída por João Marrana, Fernando Condesso, Eurico Figueiredo, Fernando Pacheco, Vieira da Cunha, Susana Gonçalves, Rosa Acinho, Sandra Correia, Andreia Fernandes, Pedro Bourbon e Manuel Antão.

Marinho e Pinto, 63 anos, nascido em Amarante, é advogado e eurodeputado eleito pelo Movimento Partido da Terra desde 2014, exercendo atualmente o mandato como independente.

Foi bastonário da Ordem dos Advogados entre 2008 a 2013.

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