RTP entrega plano de reestruturação até 1 de Março
O ministro com a tutela da comunicação social, Miguel Relvas, afirmou esta terça-feira que a administração da RTP vai ter de entregar ao Governo até 1 de Março um plano de reestruturação, adiantando que o custo do processo será financiado através de uma emissão de dívida junto da banca comercial, "sem recurso ao Orçamento de Estado".
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Política Relvas
O ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, revelou hoje na comissão parlamentar para a Ética, Cidadania e Comunicação, que “a administração da RTP terá de entregar até 1 de Março um plano [de reestruturação] detalhado”.
Na mesma ocasião, o governante adiantou que o conselho de administração também está desde já encarregue de arranjar um parceiro tecnológico. “A empresa possui activos preciosos, mas encontra-se numa fase decisiva e a precisar de parceiro tecnológico”, disse Relvas.
“O essencial do plano [a apresentar pela administração] será concretizado até ao final de 2013, mas só estará concluído até ao final de 2014”, adiantou o governante, defendendo que, depois do processo de reestruturação, “a RTP será uma empresa muito mais forte”.
Miguel Relvas garantiu ainda que o processo de reestruturação será financiado na íntegra através de uma “emissão de dívida junto da banca comercial num valor de até 42 milhões de euros”, "sem recurso ao Orçamento de Estado". O ministro frisou que o regresso de Portugal aos mercados financeiros facilitará a emissão de dívida da RTP, adiantando que este processo vai permitir à empresa deixar de pesar no Orçamento do Estado.
Na comissão, o governante voltou a assegurar que o serviço público de televisão será garantido apenas pela contribuição do audiovisual e receitas publicitárias, passando a ter um “tecto de despesas máximo de 180 milhões de euros, o equivalente a menos um terço do que em 2011”.
Ouvido pelos deputados na sequência do requerimento potestativo apresentado pelo PS e no âmbito do dossiê RTP, o governante sustentou ainda que “Portugal não pode estar ao serviço da RTP, mas a RTP é que tem de estar ao serviço do País”.
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