Marinho acusado de ser "falso profeta" e "fascista"
Estalou o ‘verniz’ entre Eurico Figueiredo e António Marinho e Pinto.
© Global Imagens
Política PDR
Eurico Figueiredo, antigo deputado do Partido Socialista, era, até há pouco tempo apoiante de Marinho e Pinto, fazendo parte do recém-criado Partido Democrático Republicano (PDR).
Contudo, esta semana a cisão entre os dois políticos foi total, com o ex-socialista a acusar o antigo bastonário da Ordem dos Advogados de falta de “bom senso” e de ser um “falso profeta”.
“Espero que o Espírito Santo (do céu e não da terra) o inspire. Sem o menor respeito pela democracia dentro do PDR, o senhor Presidente está a transformar-se num falso profeta, a proporcionar a saída do PDR dos democratas que acreditaram em si, e a avançar inexoravelmente, de um partido que já é caudilhista, para um partido fascista”, escreveu Eurico Figueiredo na sua página do Facebook.
Na mesma publicação, o ex-socialista garantiu que a “iniciar-se esta transição”, será então “obrigado a denunciá-lo [Marinho] publicamente”, embora o tenha acompanhado “desde o início”.
“Acredite que virei a ser completamente diferente de si, se não dá a mão à palmatória. E que em breve compreenderá a diferença: fascismo nunca mais!”, concluiu.
Em declarações ao Observador, Marinho e Pinto acusou, por seu lado, Eurico Figueiredo de estar a fazer uma “acusação tresloucada”. “Como tresloucadas têm sido todos os atos praticados por ele na última semana”, acrescentou.
Na origem desta cisão entre os dois políticos está a eleição para o Conselho Nacional. Segundo o Observador, a eleição estava agendada para 24 de maio, com Eurico Figueiredo a encabeçar uma das listas, contudo, foi adiada para amanhã.
Agora, o ex-socialista garante que não se voltará a candidatar porque existem “ilegalidades”.
Estas “ilegalidades”, explicou Figueiredo num email, prendem-se com o voto por correspondência”.
“Não é aceitável o voto por correspondência dado que o artigo 12 dos estatutos do PDR, exige, na eleição do Conselho Nacional, que este seja eleito por sufrágio direto e secreto de todos os militantes. Acontece que o voto por correspondência nem é direto, nem secreto, dado que obriga a que o nome do votante seja indicado no envelope interior”, escreveu o ex-socialista numa mensagem de correio eletrónico citada pelo Observador.
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