"Vieram a Portugal aos saldos e Passos Coelho foi o caseiro"
Em entrevista à Renascença, o candidato a Belém, Paulo Morais, criticou as privatizações dos últimos anos e convidou o primeiro-ministro grego a visitar Portugal para ver os resultados "trágicos" do programa de assistência financeira.
Política Paulo Morais
"Acho que o primeiro-ministro grego devia vir a Portugal ver as consequências negativas do plano de austeridade que foi aplicado cá e que agora querem replicar na Grécia", afirma.
O antigo vice-presidente e vereador da Câmara do Porto explica que "os últimos dez anos foram trágicos sob o ponto de vista económico para o tecido produtivo português e para a economia dos próximos 50 anos".
"As parcerias público-privadas de José Sócrates e mais um conjunto de negócios levaram o país à bancarrota", adianta.
Tendo em conta essa situação, "um conjunto de grupos económicos, essencialmente europeus, vieram a Portugal aos saldos e Passos Coelho foi o caseiro que vendeu a retalho o pouco que restava no Estado português".
Quando questionado se o Governo tinha alternativa, Paulo Morais garante que sim, porque "foi muito além" do que a troika pedia para as metas das privatizações.
"Passos Coelho e os seus amigos criaram em Portugal uma nova estrutura de poder económico à custa das privatizações, sem qualquer sentido estratégico", frisa e exemplifica com o caso dos CTT.
Relativamente à sua candidatura, Paulo Morais explica que se for eleito vai convocar o Parlamento para "definir uma estratégia global de combate à corrupção" e que, para isso, vai logo começar dentro do próprio Parlamento para que não seja possível que "várias dezenas deputados sejam, simultaneamente, administradores, diretores ou consultores de empresas que têm grandes negócios com o Estado".
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