Novo modelo de mobilidade nas viagens é "um logro"
O líder do PS/Madeira considerou hoje que o novo modelo do subsídio de mobilidade nas viagens aéreas, que entrou hoje em vigor, é um "logro" que deve ser "revisto imediatamente".
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Política PS/Madeira
"Estamos perante um logro do ponto de vista do modelo", disse Carlos Pereira aos jornalistas no âmbito de uma iniciativa partidária na freguesia da Camacha, concelho de Santa Cruz, comentando a portaria sobre o subsídio de mobilidade nas viagens para os residentes da Madeira.
O novo modelo já começou a gerar críticas na Madeira pois estabelece o reembolso em 60 dias e para viagens até 400 euros, duas condições que são as principais diferenças em relação ao regime que está implementado nos Açores.
Com base nesta portaria, os residentes na Madeira passam a pagar 86 euros nas ligações ida e volta para o território continental e 119 para os Açores, valor que pode ser acrescido se exceder o teto máximo de 400 euros, sendo de 65 euros para os estudantes.
Em termos de reembolso, este só pode ser pedido junto dos CTT passados 60 dias da data da fatura.
Na opinião do líder socialista da Madeira, "o modelo que este governo regional [da Madeira] criou não tem uma única vantagem para madeirenses e tem duas desvantagens que têm de ser resolvidas de uma vez por todas".
Carlos Pereira apontou que um dos problemas é "o teto máximo de 400 euros", o que, no seu entender, indica que para o executivo madeirense "a continuidade territorial acaba nos 400 euros", quando está consagrada constitucional e "não pode ser negociada", mas o governo insular "aceitou negociar"
"E o que nos choca mais é termos um governo que insiste neste logro, na manutenção destas duas características que deturpam a qualidade do modelo", argumentou.
Carlos Pereira sublinhou ser preciso "rever o modelo de forma urgente e estas duas condições colocadas no modelo que parecem menos favoráveis para os madeirenses".
Sobre a justificação do executivo de que o novo sistema será revisto em seis meses, o responsável do PS/M disse que "o que se coloca não é experimentar, são duas condições diferentes às dos Açores e que são prejudicais".
"Não percebo porque se há de experimentar um modelo pior que o dos Açores", vincou, salientando que "as imposições foram colocadas pelo governo regional" e que "deve ser revisto imediatamente, pois não se deve esperar seis meses para rever o que está mal".
E Carlos Pereira concluiu: "Das duas uma, ou revemos este modelo ou temos de rever o governo regional, que fez disto uma bandeira e está a oferecer gato por lebre aos madeirenses".
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