"António Costa não foi capaz de arriscar até ao fim"
Antigo ministro social-democrata Morais Sarmento destaca as qualidades de Passos Coelho, lançando farpas ao secretário-geral do PS.
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Política Morais Sarmento
Morais Sarmento acredita que o secretário-geral do PS não arriscou até ao fim ao não deixar claro que está disposto a fazer acordos com os restantes partidos de esquerda caso vença as eleições por maioria relativa.
“António Costa não foi capaz de arriscar até ao fim. Poderia ter dito que não há nenhuma razão para que o PCP ou o BE não possam ser envolvidos. Arriscar até ao fim era dizê-lo, assumir esse caminho”, afirmou o social-democrata no programa ‘Falar Claro’ da Rádio Renascença.
A ideia não é partilhada por Helena Roseta, interveniente no programa radiofónico e candidata a deputada do PS.
“Maiorias absolutas? Será muito difícil. Não vejo como os partidos da direita possam fazer acordo com quem quer que seja. Não há ninguém que lhes queira deitar a mão neste momento. O PS tem naturalmente possibilidades de negociar. Como viu nos debates, António Costa não respondeu mas também não fechou completamente as portas”, evidenciou, certa de que é preciso “acabar com essa história do ‘arco do poder’, que até é inconstitucional”.
Ponde de lado o PS e focando-se na coligação Portugal à Frente, Morais Sarmento preferiu destacar as virtudes do seu líder, adotando uma visão otimista.
“Se me perguntarem se eu acho que os portugueses têm de Pedro Passos Coelho uma ideia de ‘dançarino de palavras’, um habilidoso para quem as palavras valem tudo para conseguir o seu resultado, ou um homem calmo, relativamente estável e inalterado pelas circunstâncias, que foi capaz de aguentar Paulo Portas em 2013, que lá mandou a troika embora, penso que os portugueses têm mais esta segunda leitura. Não sei se é politicamente inteligente estar a dizer ‘não votem nele porque ele é um mentiroso’, quando as pessoas sentem que, bem ou mal, ele ‘levou a carta a Garcia’”, explicou.
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