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"Próximos dois anos são decisivos para evitar imprevistos"

O presidente do PSD pediu hoje estabilidade para governar, defendendo que os próximos dois anos serão decisivos para Portugal se preparar para eventuais imprevistos externos, com uma política de prudência.

"Próximos dois anos são decisivos para evitar imprevistos"
Notícias ao Minuto

16:47 - 30/09/15 por Lusa

Política Passos

"Eu acho que os próximos dois anos serão decisivos para que Portugal se ponha naquela posição de estar fora de pressão", afirmou Pedro Passos Coelho, num almoço da coligação PSD/CDS-PP, em Lamego, no distrito de Viseu.

"Se nos próximos dois anos estivermos mais preocupados com os arranjos políticos que permitirão que um ou outro Governo apareça, se os próximos anos forem anos de crise política e de instabilidade voltaremos a pôr-nos à mercê das circunstâncias, e elas podem ser boas ou más", advertiu.

Segundo o presidente do PSD, Portugal precisa de se preparar para o futuro, o que "obriga a ser prudente, gradual, reformista", e implica também "apressar o pagamento das dívidas", para ficar "ao abrigo de qualquer perturbação que possa surgir lá fora, não ser apanhado desprevenido".

"Se fizermos o nosso trabalho de casa, e se tivermos uma condição estável para governar, então, aconteça o que acontecer, nós estaremos prevenidos, e estaremos mais coesos para fazer face a qualquer imprevisto que apareça. E garanto-vos que, se nenhum imprevisto acontecer, é então fantástico, porque isso ainda será muito melhor para todos nós", acrescentou.

Nesta intervenção, Passos Coelho considerou que os portugueses sentem "alívio" pelo fim do período de resgate externo e querem "aproveitar as boas condições" atuais: "Então têm de guardar na época boa para a época menos boa".

O presidente do PSD voltou a prevenir que esta "conjuntura externa mais favorável" - com petróleo e juros mais baixos e o euro "mais competitivo" para as exportações - não dura para sempre, e insistiu que é preciso governar com prudência.

"A minha mensagem principal é esta: o futuro prepara-se agora. Sempre que temos de atuar quando é tarde demais o preço a pagar é sempre muito elevado. Foi assim por três vezes em 41 anos de democracia. Porque não haveremos de ter direito a ser uma democracia sem sobressalto?", questionou.

"Para isso, o país tem de ter uma maioria no parlamento", concluiu.

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