"Vitória do PS no domingo é um imperativo de salvação nacional"
O fundador do PS e antigo ministro António Arnaut defendeu hoje que uma eventual vitória socialista nas eleições de domingo "é um imperativo de salvação nacional", e criticou PSD e CDS-PP, definindo-os como "direita radical" e "reacionária".
© Global Imagens
Política António Arnaut
"A vitória do PS no domingo é um imperativo de salvação nacional. Já pensaram como seria Portugal se esta direita radical, reacionária, continuasse por mais quatro anos? O que restaria do nosso país?", interrogou o socialista, mandatário nacional do partido para as legislativas que decorrem no domingo.
António Arnaut falava num comício em Coimbra, no Pavilhão dos Olivais, e a sua intervenção antecedeu a do secretário-geral do partido, António Costa, candidato pelo PS a primeiro-ministro.
Para Arnaut, "é um imperativo patriótico mudar de Governo e mudar de política.
"Sem desprimor para os outros partidos", acrescentou o histórico socialista, "o voto útil indispensável para a derrota da direita é o voto no PS".
O antigo ministro e antigo grão-mestre do Grande Oriente Lusitano (GOL) deu ainda a sua "palavra de honra" de que António Costa e um Governo por si formado cumprirão o programa com que se apresentam às legislativas, mas, se "porventura houver algum desvio", o que diz não acreditar, Arnaut será "o primeiro a levantar a voz".
No começo da sua intervenção, o responsável lembrou que no mesmo pavilhão onde hoje discursou, "há 41 anos, ainda estavam viçosos os cravos de abril, realizou-se o primeiro comício socialista" em Coimbra.
"Mudaram os tempos e as circunstâncias, mas não mudaram os nossos valores nem o compromisso ético e político do PS com os trabalhadores, o povo e a pátria", vincou Arnaut.
E acrescentou: "Estou certo que este comício contribuirá para engrossar a corrente de entusiasmo e de esperança que ilumina a alma da maioria dos portugueses. A vitória do PS não será uma vitória de alternância do poder, mas uma verdadeira alternativa política económica, social e cultural".
Na reta final, o histórico socialista comentou ainda a anunciada ausência do Presidente da República das cerimónias de comemoração do 05 de outubro, na segunda-feira.
Arnaut celebrará esse dia, "mas com uma tristeza profunda", admite, por saber que o Presidente da República estará ausente das celebrações.
"Eu não votei no professor Cavaco Silva, mas como republicano respeito a sua pessoa e as suas funções. Por isso, daqui lhe digo respeitosamente: o senhor Presidente desconsiderou os portugueses, desconsiderou a República", sustentou, perante os aplausos da plateia, acrescentando posteriormente que Cavaco "não esteve com esta decisão à altura da República".
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