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PS pode formar executivo à esquerda mas "legitimidade é problema"

O candidato presidencial e ex-deputado do PS Henrique Neto disse hoje que uma eventual formação de Governo de esquerda é legal e constitucional, mas haverá um "problema de legitimidade" em torno de parte dos votos nos socialistas.

PS pode formar executivo à esquerda mas "legitimidade é problema"
Notícias ao Minuto

18:04 - 14/10/15 por Lusa

Política Henrique Neto

Henrique Neto disse já ter ouvido de "muitas pessoas" indicações de que votaram no PS nas legislativas de 04 de outubro "porque não lhes passou na cabeça, não previram, que a esquerda" se pudesse eventualmente entender e um executivo com PCP e BE fosse uma "hipótese de trabalho".

"Nas atuais circunstâncias, o que preferiria era o maior apoio possível no parlamento para um Governo de quatro anos com estabilidade. O PS e a coligação [PSD/CDS-PP] têm 70% [dos votos], é a maior de todas as possibilidades de estabilidade", declarou o candidato presidencial, que respondia a questões dos jornalistas numa conferência de imprensa dada esta tarde em Lisboa sobre a atual situação política portuguesa.

Neto disse que "há um conflito nesta situação atual entre legitimidade e legalidade".

"É inegável que do ponto de vista constitucional o PS pode formar um Governo com o apoio dos dois partidos à sua esquerda e dificilmente o Presidente da República o pode evitar. Porque é legar, constitucional. Só que resta um problema de legitimidade", sustentou.

No que refere à liberdade de voto nas presidenciais dada pelo secretário-geral do PS, António Costa, aos militantes e apoiantes do partido, Henrique Neto vê esse posicionamento com satisfação e reiterou que a sua candidatura é "independente, autónoma dos partidos".

"Não podia deixar de ver com satisfação que os militantes socialistas tenham liberdade de voto", declarou, advertindo ainda que vai esperar para ver o que surgirá das federações do partido em matéria de apoios concretos a nível logístico, por exemplo, para apoiar as candidaturas da área socialista, entre as quais se encontram também a de Maria de Belém ou Sampaio da Nóvoa.

Henrique Neto, 78 anos, ex-deputado do PS e empresário, foi o primeiro a anunciar a candidatura à Presidência da República, a 25 de março deste ano.

Crítico dos governos socialistas de José Sócrates, em janeiro, Henrique Neto subscreveu o manifesto "Por uma democracia de qualidade", entregue ao Presidente da República e que pedia uma reforma do sistema eleitoral.

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